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Tese
Entre a roça e a feira: a circulação da produção agrícola no Amazonas
Nesta pesquisa, objetivamos analisar a circulação da produção agrícola no Amazonas a partir dos espaços definidos como Feirão da SEPROR, locais criados para a distribuição da produção em Manaus. A criação dessas feiras se encontra intimamente relacionada às políticas para a agricultura, com a finali...
Autor principal: | Aquino, Soraya Farias |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4240604515975477 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4211 |
Resumo: |
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Nesta pesquisa, objetivamos analisar a circulação da produção agrícola no Amazonas a partir dos espaços definidos como Feirão da SEPROR, locais criados para a distribuição da produção em Manaus. A criação dessas feiras se encontra intimamente relacionada às políticas para a agricultura, com a finalidade de inserir grupos sociais que, até então, se encontravam ausentes, com a possibilidade de sua subsunção ao mercado. Buscamos entender que fatores interferem na comercialização da produção no Amazonas, e, com
isso, apontamos as dificuldades logísticas e geográficas que sempre foram consideradas obstáculos para o escoamento da produção. Ao mesmo tempo, analisamos como o Estado tem interferido na articulação entre produção, distribuição e consumo, agindo sobre as possibilidades de comercialização, e detectamos que, com este incentivo, o poder público passou a incrementar o apoio aos agricultores impulsionado pelas
políticas desenvolvidas pelo Governo Federal e, principalmente, pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. Partimos do pressuposto de que o agricultor é o mesmo camponês utilizado como categoria analítica e, que nas políticas públicas é denominado agricultor familiar. Portanto, optamos aqui por utilizar o termo agricultor por ser esta a maneira mais aceita pelos envolvidos na pesquisa realizada, diferente de agricultor familiar, que somente é aceito por alguns deles. Do mesmo modo, pensamos a feira como o espaço privilegiado da circulação da produção agrícola, e que insere as mais diversas formas de acomodação e resistência nos modos de vida desses agricultores. Estas formas de resistência e acomodação permeiam o cotidiano, ora como reclamações e indisciplina ou mesmo como adaptação e a geração de dependência em torno das políticas públicas. Por este motivo, concluímos que a circulação da produção agrícola no Feirão da SEPROR pode se constituir tanto como forma de resistência quanto de acomodação dos sujeitos sociais para a manutenção da produção agrícola no estado do Amazonas, por criar oportunidades que podem ser apenas circunstanciais, considerando que estamos falando de políticas de governo e não de políticas duradouras que caracterizem de fato uma política de Estado. Como o recorte da investigação teve como objeto apenas a circulação da produção, muitas outras possibilidades podem ser pensadas para este mesmo contexto, como a análise mais apurada dos documentos utilizados, conceber a feira como uma fronteira sócio-cultural, ou mesmo uma análise dessas identidades que são constantemente reelaboradas, entre outras maneiras de refletir sobre a produção agrícola no Estado. |