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Dissertação
Caracterização química, físico-química e espectroscópica do pólen coletado por abelhas sem ferrão Amazônicas.
O pólen apícola é produzido pelas abelhas, mediante a aglutinação do pólen das flores misturado ao néctar e às suas substâncias salivares. Há tempos este produto vem sendo utilizado como complemento alimentar na nutrição humana, pois representa uma importante fonte de nutrientes e substâncias ant...
Autor principal: | Rebelo, Kemilla Sarmento |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7837867523183369 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4265 |
Resumo: |
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O pólen apícola é produzido pelas abelhas, mediante a aglutinação do pólen das flores
misturado ao néctar e às suas substâncias salivares. Há tempos este produto vem sendo
utilizado como complemento alimentar na nutrição humana, pois representa uma importante
fonte de nutrientes e substâncias antioxidantes, que ajudam a prevenir diversas doenças
degenerativas e cardiovasculares. O pólen mais estudado em todo o mundo é o coletado pela
abelha Apis mellifera, e pouco se conhece sobre a constituição química do pólen coletado por
abelhas sem ferrão. Além dos métodos convencionais de análise da composição de alimentos,
um método que pode ser empregado na análise de pólen é a Espectroscopia de Ressonância
Magnética Nuclear (RMN), que aliada a métodos quimiométricos permite determinar
similaridades ou diferenças na composição química das amostras. Portanto, o objetivo deste
trabalho foi determinar a composição química, as características físico-químicas e o potencial
antioxidante do pólen coletado pelas abelhas sem ferrão amazônicas Melipona seminigra e M.
interrupta, provenientes do Meliponário do Grupo de Pesquisas em Abelhas do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus – AM. Os resultados das análises químicas e
físico-químicas do pólen coletado por M. seminigra e M. interrupta foram respectivamente,
53,39% e 37,12% de umidade no pólen fresco; 12,55% e 8,85% de umidade no pólen
liofilizado; 11,34% e 6,86% de proteínas; 10,8% e 6,47% de lipídios; 4,03% e 2,74% de
cinzas; 9,3% e 13,65% de fibras; 51,94% e 61,4% de carboidratos; valor calórico de
311,3kcal% e 310,7kcal%; sólidos totais de 46,60% e 62,87%; pH de 3,70 e 3,34; e atividade
de água de 0,91 e 0,85. Apenas o pH do pólen coletado pelas duas espécies de abelhas e o
percentual de proteína do pólen coletado por M. interrupta estava em desacordo com o
Regulamento Técnico Brasileiro de Fixação de Identidade e Qualidade de pólen apícola. Nas
análises por cromatografia em camada delgada comparativa foi possível observar manchas
características de substâncias fenólicas, principalmente no pólen de M. seminigra, o qual
apresentou atividade antioxidante. Por espectroscopia de RMN de 1H foi possível identificar
sinais característicos das substâncias α e β-glicose, alanina, etanol e ácido acético, indicando
que o pólen pode passar por fermentação do tipo acética. As análises dos dados de RMN de
1H por quimiometria permitiram constatar que as abelhas sem ferrão amazônicas estão
coletando pólen de diferentes origens florais e, portanto, com diferentes composições
químicas, tanto na mesma estação climática, quanto em estações climáticas diferentes. O
pólen coletado pelas abelhas amazônicas parece ser um complemento alimentar muito valioso
do ponto de vista nutricional, pois além de conter diversos nutrientes importantes para a
manutenção da saúde, apresenta também atividade antioxidante, que pode ajudar na
prevenção de diversas doenças. |