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Dissertação
Valor da anuscopia com magnificação de imagem no diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal em pacientes HIV+ atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas
INTRODUÇÃO: A incidência do câncer anal, cerca de 1,5% dos tumores malignos do trato digestório, vem aumentando em homens que fazem sexo com homens acometidos pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV+), para até 70/100.000 pessoas com os mesmos hábitos. O desenvolvimento desse câncer é decorren...
Autor principal: | Gimenez, Felicidad Santos |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0721535288925111 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4468 |
Resumo: |
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INTRODUÇÃO: A incidência do câncer anal, cerca de 1,5% dos tumores malignos
do trato digestório, vem aumentando em homens que fazem sexo com homens acometidos
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV+), para até 70/100.000 pessoas com os mesmos
hábitos. O desenvolvimento desse câncer é decorrente de vários fatores, dentre eles, a
infecção pelo papilomavírus humano (HPV), a imunodepressão e a prática do sexo anal. As
similitudes com o desenvolvimento do câncer cervical (presença de lesões precursoras de
baixo e alto grau, que podem ser diagnosticadas precocemente) têm inspirado a realização de
vários estudos para estabelecer rotinas de detecção e tratamento das lesões precursoras desse
câncer, visando a sua prevenção. A anuscopia com magnificação de imagem (AMI) faz parte
dessa rotina diagnóstica, porém a literatura médica ainda é escassa a respeito do papel
desempenhado por essa modalidade. Este estudo pretende verificar a validade do exame
comparando-o com o resultado da histopatologia, nos pacientes HIV+ atendidos na Fundação
de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM). MÉTODOS: Os 128 pacientes foram
submetidos ao exame proctológico com coleta de células do canal anal e através da técnica da
reação da cadeia de polimerase (PCR), pesquisou-se a presença do HPV. A seguir, realizou-se
AMI com aplicação tópica anal de ácido acético 3% por 2 minutos. As lesões acetobrancas
(ACB) detectadas foram anotadas quanto à sua localização, classificadas quanto à qualidade
tintorial, ao aspecto focal ou coalescente, ao relevo, à superfície e ao padrão vascular. Diante
das características imagenológicas das lesões observadas, essas foram classificadas em
normais, lesões de baixo (LSIL) ou alto grau (HSIL) para o desenvolvimento do câncer anal.
Foram feitas biópsias sob anestesia local das lesões ACB, para exame histopatológico.
RESULTADOS: A AMI apresentou sensibilidade de 90%, especificidade de 19,23%, valor
preditivo positivo de 41,66%, valor preditivo negativo de 75%, e coeficiente kappa de 0,076.
Das lesões analisadas foi encontrado nas HSIL, uma visibilização mais freqüente de 68%
ACB denso, 61% plano, 61% lisa, 83% não-papilar e 70% do padrão vascular normal,
enquanto que as LSIL foram 66% ACB denso, 68% plano-elevado ou elevado, 59% granular,
62% não-papilar e 53% de padrão vascular normal. Gênero, idade, escolaridade e cor da pele
não representaram fatores associados ao desenvolvimento de lesões ACB e lesões
intraepiteliais escamosas anais (ASIL). Para os fatores de risco, implicados na carcinogênese
anal e, em relação a esses fatores, não houve significância estatística na ocorrência de lesões
ACB. No entanto, para as ASIL, demonstrou-se relevância entre os adeptos do sexo anal (p =
0,0493) e a presença de infecção pelo HPV (p = 0,006). CONCLUSÃO: A AMI demonstrouse
sensível, porém não específica na detecção das ASIL. Não foi encontrada a associação
entre os resultados histopatológicas da AMI e a presença de infecção anal pelo HPV. A
prevalência de HPV na população estudada foi de 79% e a de ASIL foi de 39,1%. Baseado
nos dados imagenológicos, o padrão de relevo e superfície puderam fazer distinção entre
LSIL e HSIL, enquanto que as outras características não apresentaram relevância. |