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Dissertação
Potencial tecnológico do briquete de resíduos de espécies de madeiras da Amazônia
A utilização de fontes alternativas de energia, em particular a biomassa em forma de briquetes, surge como uma oportunidade de oferta de energia. Este trabalho busca contribuir, por meio de um estudo tecnológico, com o aproveitamento de um dos resíduos mais gerados e descartados nas serrarias de Man...
Autor principal: | Silva, Andreia Picanço da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5109351509655600 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4480 |
Resumo: |
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A utilização de fontes alternativas de energia, em particular a biomassa em forma de briquetes, surge como uma oportunidade de oferta de energia. Este trabalho busca contribuir, por meio de um estudo tecnológico, com o aproveitamento de um dos resíduos mais gerados e descartados nas serrarias de Manaus, a serragem. A serragem que antes era descartada, em grandes quantidades, pelas serrarias hoje em outros estados como Pará, Paraná e Rondônia, serve como combustível para a própria indústria. Após um processo de secagem e a compactação é possível chegar a um novo produto (ou subproduto) formando o que chamamos de briquete. O briquete possui duas vezes o poder calorífico da lenha, tem baixa umidade e produz menos fumaça, maior temperatura de chama e menos cinza. Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizadas cinco espécies, provenientes do processo produtivo de uma empresa do segmento da indústria da madeira no ramo de pisos, decks, etc. As análises das amostras e a produção dos briquetes foram realizadas no Laboratório de Celulose e Papel/Carvão Vegetal (LCPCV). Foram produzidos cinco briquetes, para cada espécie, em diferentes temperaturas: 100°C, 110°C, 120°C, 130°C e em temperatura ambiente. Posteriormente, utilizando as mesmas temperaturas foram produzidos briquetes com a mistura das cinco espécies, também conhecido como MIX, para serem avaliados e comparados. Nos resultados, a densidade da madeira foi considerada alta, pois variou de 0,87 a 0,98g/cm3 e o coeficiente de variação foi de 11,50%. Em relação ao teor de umidade das espécies foram encontradas diferenças significativas em razão destes, valores terem variado de 7,38 a 9,03%, sendo mais frequente os valores na faixa de 8%: (8,10%), (8,24%) e (8,50%). Para o teor de extrativos formaram-se dois grupos, com valores entre 9,76 e 12,08 %. Enquanto que para o teor de lignina quatro grupos foram formados. Observa-se que os valores obtidos, variaram de 30,47 a 41,72%. Com relação ao teor de cinzas, apenas dois grupos foram formados, destaque-se o alto teor de cinzas apresentado por Dinizia excelsa Ducke (0,75%). Por meio das análises realizadas para obtenção do poder calorífico na madeira observou-se que todas as espécies, inclusive o MIX (mistura das cinco espécies), formaram apenas um único grupo. Ou seja, não houve diferença significativa. O que permiti afirmar que, na prática, é possível obter um produto, no caso o briquete, de boa qualidade mesmo com a mistura das espécies do grupo em estudo. No ponto de vista econômico a energia a partir de resíduos de madeiras poderá ser uma alternativa para utilização por pequena comunidade ou até mesmo por empresas do segmento da indústria da madeira. Enquanto que no ponto de vista ambiental evitaria a possibilidade destes, serem descartados na natureza, eliminando as emissões, respondendo as hipóteses proposta. |