Dissertação

Perfil parasitológico e hematológico entre usuários atendidos em serviço público de saúde

As parasitoses intestinais e anemia constituem um problema de saúde publica, sua distribuição geográfica e prevalência estão associadas a vários fatores, sendo principalmente o baixo nível sócio econômico da população. Tais motivos nos levaram a realizar um estudo seccional descritivo analítico atra...

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Autor principal: Vieira, Dhane Eyre Albuquerque
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2235631556837277
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4593
Resumo:
As parasitoses intestinais e anemia constituem um problema de saúde publica, sua distribuição geográfica e prevalência estão associadas a vários fatores, sendo principalmente o baixo nível sócio econômico da população. Tais motivos nos levaram a realizar um estudo seccional descritivo analítico através de um levantamento de dados coletado entre os usuários atendidos no Centro de Saúde Frank Calderon Rosemberg – Manaus/AM com objetivo de conhecer as principais parasitoses intestinais compará-las com parâmetros hematológicos (hemoglobina, eosinófilos, reticulócitos) e associá-los aos fatores ambientais que possam contribuir para disseminação das enteroparasitoses. No presente estudo, foram identificados e entrevistados 373 usuários, nos quais foram coletados informações sobre: aspectos demográficos, condições socioeconômicas, características de moradia, abastecimento de água, hábitos de higiene e alimentares dos participantes. Os entrevistados entregaram uma amostra de fezes e coletaram e 5 mL de sangue por punção venosa. O exame parasitológico de fezes foi utilizado para identificação das espécies de parasitas intestinais. Do sangue coletados foram realizados os seguintes exames: contagem de eosinófilos e reticulócitos, determinação da hemoglobina (Hb). Dos 373 usuários envolvidos no estudo 86,9% apresentaram positividade para alguma espécie de parasito intestinal. Entre os helmintos A.lumbricoides teve uma prevalência de 25,2%, T.trichiura com 7,2% , E. vermicularis 2,4%, Ancilostomídeos com 1,6%, H. nana com 1,3% e S. stercoralis com 1,1%. Os protozoários entre as espécies patogênicas revelaram uma positividade de 19,3% e 18,8% para G. lamblia e E. histolytica, a infecção mista foi 37,3%. A freqüência de anemia foi de 25,7% e a média de hemoglobina ficou entre 10,8±0,7. Quando os dados foram estratificados por sexo, a prevalência de anemia foi de 59 (62,1%) e 37 (38,5%) para o sexo feminino e masculino. Na comparação entre hemoglobina e a freqüência de parasitos, observou-se diferença estatisticamente significante ao nível de 5% entre E. nana (p = 0,002), G. lamblia (p=0,001) e I. butschlii (p = 0,014), sendo que este último à proporção maior foi de parasitos entre os pacientes com hemoglobina ≥12 (17,7%). Na comparação dos eosinófilos em relação à presença de parasito intestinais não foi encontrada diferença estatística ao nível de significância 5% . Observou-se diferença estatística ao nível de 5% apenas para os pacientes que apresentaram pelo menos um parasito em relação ao reticulócitos estratificado pela hemoglobina. Concluímos que, não houve associação estatisticamente significativa entre o perfil parasitológico e hematológico e os fatores ambientes estudados. No entanto o presente estudo revelou uma elevada prevalência das parasitoses intestinais e a anemia entre os usuários do C.S.F.C.R, reforçando a necessidade de implementar medidas preventiva e de tratamento por parte das autoridades, permitindo assim uma melhor qualidade de vida para população carente.