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Dissertação
Petrologia de granitóides dos arredores da Missão Tunuí, NW do Amazonas, Província Rio Negro, Cráton Amazônico
Nas proximidades da Missão Tunuí, no extremo NW do Amazonas, Província Rio Negro, foram reconhecidas rochas graníticas, individualizadas com base nos critérios petrográficos / texturais e químicos (rocha total e química mineral) em: biotita granito, muscovita biotita granito e muscovita leucogranito...
Autor principal: | Veras, Renata da Silva |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7050350547564249 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4661 |
Resumo: |
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Nas proximidades da Missão Tunuí, no extremo NW do Amazonas, Província Rio Negro, foram reconhecidas rochas graníticas, individualizadas com base nos critérios petrográficos / texturais e químicos (rocha total e química mineral) em: biotita granito, muscovita biotita granito e muscovita leucogranito.
Os muscovita leucogranitos são subordinados e ocorrem como um plúton de 10 km2 na porção oeste da área de estudo, intrusos nos metassedimentos do Grupo Tunuí. São rochas com textura inequigranular média a grossa por vezes pegmatóide, isótropas, porém quando retrabalhadas pela zona de cisalhamento mostram-se foliadas com orientação preferencial dada pelas placas de muscovita e biotita, segundo a direção geral NE-SW. A mineralogia dessas rochas é formada por plagioclásio zonado com núcleo de oligoclásio (An10-18) e borda de albita (An2-3), feldspato potássico, muscovita primária, biotita (anita-siderofilita) de magmas peraluminosos, granada e turmalina preta. São rochas de caráter fortemente
peraluminosas, característica típica de granitos tipo S. Dados geocronológicos U-Pb em zircão apontaram uma idade de 1,52 ± 26 Ma para a cristalização destas rochas. Os muscovita biotita granitos possuem textura inequigranular fina a média, por vezes média a grossa. Raramente são isótropas e quando retrabalhadas pela zona de cisalhamento exibem foliação dada pela orientação preferencial dos minerais máficos segundo NNE-SSW. Algumas vezes apresentam estruturas fantasmas preservadas como dobras com atitude do plano axial de 330°/subvertical. Essas rochas têm composição dominantemente monzogranítica e são caracterizadas pela associação mineral composta por plagioclásio zonado com núcleo andesítico (An30-39) e borda albítica (An8), feldspato potássico, biotita (anita-siderofilita), muscovita primária e epidoto texturalmente primário com núcleo de allanita. São rochas peraluminosas a levemente metaluminosa com coríndon normativo (> 1%) nas amostras peraluminosas com idade de cristalização U-Pb, obtida em zircão de 1,81 ± 18 Ma. Sua provável fonte são os paragnaisses do Grupo Tunuí. Os biotita granitos são as rochas com ocorrência mais ampla e estão distribuídos nas porções norte e sudoeste da área de estudo, intrusivas nas rochas metassedimentares do Grupo Tunuí. Apresentam textura inequigranular média a grossa, geralmente isótropas, porém quando retrabalhadas por zona de cisalhamento mostram orientação NE-SW. Também são encontradas rochas porfiríticas com orientação preferencial dos fenocristais ripiformes de feldspato com até 5 cm, segundo a direção 130°/subvertical, que indica o fluxo magmático. Composicionalmente são classificados como monzogranitos com plagioclásio de composição dominantemente oligoclásio (An21-26), feldspato potássico, biotita (anita-siderofilita), anfibólio cálcico (edenita), titanita e epidoto texturalmente primário com ou sem núcleo de allanita. Mostram afinidade com a série cálcio-alcalina de alto K, caráter metaluminoso a levemente peraluminoso. O principal processo de diferenciação responsável pela geração dos biotita granitos é a cristalização fracionada. Esses granitos cristalizaram sob condições de alta fugacidade do oxigênio marcado pela assembleia: titanita + magnetita e quartzo, e a termobarometria a partir do par anfibólio - plagioclásio e Al total em hornblenda fornecem condições de cristalização mínima de 797º C e 4,8 kbar. Foi obtida uma idade de cristalização de 1,82 ± 13 Ma U-Pb para os biotita granitos. A diversidade de rochas graníticas nas proximidades da Missão Tunuí pode ser atribuída à ocorrência de duas orogenias, Cauaburi e Içana. A granitogênese Paleoproterozóica, geradora dos granitos cálcio-alcalinos (biotita granito) e a primeira geração dos granitos tipo S (muscovita biotita granito), provavelmente estão relacionadas à Orogenia Cauaburi. A segunda geração de granitos tipo S (muscovita leucogranitos) possivelmente é atribuída à Orogenia Içana. |