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Dissertação
Potencial antioxidante extratos obtidos a partir de resíduos de frutos amazônicos
Os antioxidantes são compostos naturais ou sintéticos com a capacidade de inibir a ação dos radicais livres prevenindo o desenvolvimento de doenças de origem metabólica. Nos últimos anos, estudos na área de antioxidantes têm o seu foco voltado a esclarecer a aplicação destes em modelos de doenças...
Autor principal: | Souza, Rodrigo Otávio Silva de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1621432100296368 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4771 |
Resumo: |
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Os antioxidantes são compostos naturais ou sintéticos com a capacidade de inibir a ação
dos radicais livres prevenindo o desenvolvimento de doenças de origem metabólica.
Nos últimos anos, estudos na área de antioxidantes têm o seu foco voltado a esclarecer a
aplicação destes em modelos de doenças humanas ou animais. Os frutos amazônicos são
conhecidos pelo seu alto teor de compostos antioxidantes e os resíduos que são
descartados no beneficiamento destes frutos podem ser utilizados para como matérias-
prima pelas indústrias de alimentos e cosméticos. Neste contexto, o objetivo do presente
estudo foi determinar o potencial antioxidante de extratos obtidos a partir de resíduos de
frutos amazônicos consumidos pela população no Amazonas. Resíduos de açaí (Euterpe
Oleracea), tucumã (Astrocaryum aculeatum) e castanha do Brasil (Bertholletia excelsa)
foram selecionados e, a partir destes, obtidos os extratos com várias proporções de
solvente etanol:água. Ensaios antioxidantes in vitro como atividade varredora de
radicais livres DPPH-•, ABTS-•, O2-• e a quantificação de fenóis totais, bem como teste
antioxidante em células MRC-5 foram realizados para caracterizar a capacidade
antioxidante dos extratos. Após isso, testes in vivo, utilizando camundongos, foram
realizados mediante a indução de estresse oxidativo por dano hepático causado por
CCl4. Nos animais foram avaliados parâmetros bioquímicos de lesão hepática e
marcadores bioquímicos do estresse oxidativo e da capacidade antioxidante. Os
resultados obtidos mostraram que os extratos dos resíduos de açaí (37, 25 ± 1,87%) e
tucumã (20,99 ± 0,81%) são ricos em composto fenólicos. Entretanto, a castanha
apresentou um teor de somente 4,44±0,22% de fenólicos. Observou-se que o açaí e
tucumã apresentaram uma atividade varredora de radicais DPPH•- (9,56±0,46 e
21,77±1,46 µg/mL) e ABTS•- (17,88±0,49 e 37,25±0,52 µg/mL) Mas, foram necessário
concentração de CI50 maiores que 50 µg/mL para inibir o ânion radical O•-. As
concentrações de 100 µg/mL foram citotóxicas para células, porém a castanha, na
mesma concentração, não afetou a viabilidade celular. O tratamento do dano hepático
em camundongos, com os extratos, foi significativo (p < 0,05) diminuindo o estresse
oxidativo induzido pelo CCL4. O perfil dos marcadores antioxidante foi melhorado nos
grupos tratados e capacidade antioxidante foi elevada em relação ao grupo basal.
Apesar disso, foi observado que a dose de 400 mg/mL teve um efeito pro-oxidante.
Todos os extratos apresentaram uma atividade hepatoprotetora reduzindo a
concentração plasmática de transaminases. O extrato da castanha foi a mais efetiva em
relação a esta atividade. Os extratos secos derivados de resíduos destes frutos
mostraram potencial antioxidante in vitro e in vivo, bem como atividade
hepatoprotetora. Portanto, estes resultados segurem que estes extratos possuem
compostos que podem ser empregados em indústrias locais de cosméticos ou ser
utilizados como nutracêuticos em indústrias alimentícias. |