O setor produtivo de madeiras e derivados no Amazonas enfrenta grandes dificuldades para tornar seus produtos bastante demandados no mercado, por conta de estrutura tecnológica defasada, unidades moveleiras descapitalizadas, usos de madeiras sem a certificação, mão de obra desqualificada e organização industrial, tudo tem contribuído esse quadro de baixa competição. O setor moveleiro do município de Parintins iniciou-se de forma mais expressiva na década dos anos 1980, quando surgiram várias pequenas marcenarias produzindo sob encomenda. Este é o modelo padrão predominante até os dias atuais. Muitas delas atuando na informalidade, produzindo móveis de forma artesanal sem inovação e design de destaque, de modo que impossibilita penetrar em mercados mais exigentes. Diante desse quadro, este estudo tem o objetivo de diagnosticar os problemas que contribuem para o baixo desempenho das movelarias no Município de Parintins. No plano específico visa: a) identificar os indicadores que retratam as limitações e o baixo desempenho produtivo; e b) propor uma estratégia de organização para as movelarias de Parintins. A indústria mundial de móveis foi e continua sendo constituída, predominantemente, por pequenas empresas, que, até os anos 1950, visavam atender quase que exclusivamente ao mercado interno dos seus respectivos países. A metodologia de análise envolveu no primeiro momento realizar um levantamento de dados para responder os objetivos específicos. Dados sobre a estrutura das movelarias, número de funcionários, perspectivas, fatores limitantes, rendimento mensal, forma de aprendizado da atividade, tipos de produtos.Com base nesses dados pôde-se realizar algumas relações entre o baixo desempenho e os fatores que o determinam. Os resultados mostram que na atividade moveleira de Parintins há uma série de dificuldades que impedem o desenvolvimento dessa atividade destacando dentre outros, logística deficiente, falta de investimentos no poder público nos níveis municipal, estadual e federal, falta de incentivos fiscais aos proprietários das movelarias, falta de cursos profissionalizantes que permitam a formação de mão-de-obra qualificada para trabalhar na produção de moveis e linhas de créditos para as empresas estabelecidas na região, legislação ambiental que muitas vezes é contraditória e inibem as inciativas das movelarias. Nas considerações finais ressalta-se que há uma necessidade urgente de criação de medidas que minimizem os problemas encontrados e que alavanquem o setor moveleiro do município afim de contribuir com a geração de emprego e renda na região
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