Trata-se de um estudo transversal, o qual teve como objetivo analisar e conhecer
a correlação entre as mortes violentas e a presença de drogas psicoativas em
vítimas fatais, considerando os parâmetros sexo, qualificação profissional, estado
civil e intervalo etário. Foram analisadas 449 amostras de sangue e urina
provenientes dos corpos necropsiados no Instituto Médico Legal de Belém do
Pará, no período de janeiro a dezembro de 2011. As análises das drogas
psicoativas foram realizadas pelas técnicas da cromatografia gasosa,
cromatografia em camada gasosa e cromatografia líquida. Os resultados
apontaram que dentre as mortes violentas, em especial os homicídios, a maioria
dos indivíduos apresentou resultado positivo para drogas (69,18%), seguido dos
suicídios (66,67%) e acidentes em geral (49,48%), com maior prevalência do
consumo associado do álcool e cocaína nos intervalos etários de 20 a 34 anos de
ambos os sexos. Nos homicídios houve predominância do sexo masculino
(76,30%), seguido de acidentes (19,80%) e suicídios (3,90%). No sexo feminino,
predominaram os casos de homicídios (46,20%), seguidos dos acidentes em
geral (41,00%) e suicídios (12,80%). Em relação ao estado civil, o estudo revelou
que nos gêneros masculino e feminino, houve prevalência dos solteiros em quase
todos os intervalos etários, exceto no masculino de 50 anos ou mais, onde os
solteiros se igualaram aos casados. Na variável qualificação profissional, a
profissão de estudante predominou no intervalo etário de 12 a 19 anos, em ambos
os sexos. Entretanto, no sexo feminino, nos demais intervalos etários houve a
prevalência da doméstica. Já no sexo masculino houve predominância da
profissão de pedreiro, exceto na faixa de 50 anos ou mais, onde prevaleceu o
aposentado. Esses dados sugerem que as drogas psicoativas, estão altamente
relacionadas com as mortes violentas, principalmente nos homicídios envolvendo
indivíduos jovens do sexo masculino
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