Tese

A importância das inovações não tecnológicas e tecnológicas para o desempenho das empresas de bionegócios

A inovação é identificada como pressuposto de competitividade e continuidade para as empresas. Entretanto, considerando as classificações existentes na literatura e nas medições realizadas por órgãos como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Instituto Brasileiro de...

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Autor principal: Oliveira Junior, Manoel Carlos de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0403290330724360
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5087
Resumo:
A inovação é identificada como pressuposto de competitividade e continuidade para as empresas. Entretanto, considerando as classificações existentes na literatura e nas medições realizadas por órgãos como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), observa-se a priorização da inovação tecnológica como foco de estudo e de estratégia organizacional. Considerando tal premissa, o presente estudo teve por objetivo analisar como as inovações não tecnológicas e tecnológicas são percebidas e tratadas nas empresas de bionegócios contempladas em um edital de fomento à inovação no Estado do Amazonas, bem como evidenciar a percepção de sua importância, impactos e dificuldades de implementação. O bionegócio no Amazonas caracteriza-se por inovações menos avançadas quando comparadas a polos de inovação de outras regiões ou países, gerando menos riqueza e menor valor agregado aos produtos oriundos neste estado. A inovação não tecnológica está relacionada às ações de marketing e estratégias organizacionais, enquanto as tecnológicas referem-se a inovações em produtos e processos. Para a realização da pesquisa foi realizada coleta de dados primários por meio de instrumento adaptado da Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC), junto à oito empresas e seus respectivos informantes chave. Foram coletados dados secundários em pesquisa bibliográfica acerca do tema, por meio do qual identificou-se a baixa produção acadêmica sobre o assunto inovação não tecnológica, o conteúdo se evidenciou ainda mais restrito ao delimitar o estudo em torno do segmento de bionegócios. A partir de análise quanti-qualitativa verificouse a influência das inovações em outros indicadores estratégicos: crescimento em vendas, em mercado e cooperações com outras instituições, bem como obstáculos que intereferem no processo de inovação. Foi elaborada uma tipologia de análise qualitativa, em formato matricial, que permitiu a classificação das empresas analisadas, conforme seu grau de inovação em ambas as vertentes, segundo indicadores empresariais supramencionados. Os resultados mostram que as empresas estudadas atribuem importância às inovações não tecnológicas, mas que suas estratégias são consolidadas em torno dos produtos desenvolvidos que podem incorporar as inovações tecnológicas. Também demonstram que algumas práticas que levam à inovação não têm sido sistematizadas, com destaque para o uso de parcerias, aprendizagem em colaboração, desenvolvimento de P&D internos, inovação e atuação sistemática em rede. Concluiu-se que inovações não tecnológicas e tecnológicas, quando combinadas, influenciam para um melhor resultado em vendas, corroborando para a tese de que ambas devem fazer parte das estratégias empresariais das empresas de bionegócio.