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Dissertação
Análise investigativa dos fatores de virulência de cepas selvagens de shigella SPP. in vivo e seu potencial inflamatório
Shigelose é uma disenteria bacilar causada pela Shigella, um patógeno Gram negativo e intracelular. Um dos modelos animais mais comuns para avaliar a resposta imune da Shigella é a infecção pulmonar em camundongos devido a fácil manipulação e similaridade com as respostas intestinais. Neste estud...
Autor principal: | Serra, Paula Taquita |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/8193563670288956 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5194 |
Resumo: |
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Shigelose é uma disenteria bacilar causada pela Shigella, um patógeno
Gram negativo e intracelular. Um dos modelos animais mais comuns para avaliar a
resposta imune da Shigella é a infecção pulmonar em camundongos devido a fácil
manipulação e similaridade com as respostas intestinais. Neste estudo, nós
levantamos a hipótese de como cepas clínicas isoladas de pacientes com shigelose
possuem expressão de resposta imune diferencial quando comparados com cepas
padrões (M90T). Nossa principal proposta foi analisar quatro cepas de Shigella
clínicas com diferentes genes de virulência e a cepa padrão M90T quanto as
respostas imunes após invasão murina em 24 e 48h. Métodos: Cepas clínicas de
Shigella foram selecionadas pela presença de genes de virulência específicos por
PCR. Primers relacionados ao sistema imune foram desenvolvidos. As cepas
clínicas e a padrão foram submetidas à análise de expressão gênica pelo Fluidigm
(Bioamark Platform). Os resultados foram analisados em programa estatístico R.
Resultados: Nós agrupamos os mRNA em cinco grupos: Pró Inflamatórios
(CXCL15, IL-1β, IL-6, IFN-β, TNF-α), Anti Inflamatórios (TGF-β1, TGF-β2 e TGF-β3),
Resposta Inata (NOD 1, NOD 2, TLR4 e TLR9), Resposta adaptativa (Th1-like, IFN-
γ, IL-17A e IL-17B) e Macrófago (NOS, H2 -Aβ1, H2-Eβ, H2-K1, MHC-like 2). Como
principais resultados, todas as amostras clínicas demonstraram uma expressão
mRNA em 24h de infecção que foi gradativamente aumentado após 48h, enquanto a
cepa padrão M90T teve a regulação oposta com taxas de mRNA em 48h, sugerindo
grandes diferenças entre as respostas a cepas clínicas e a padrões bem
caracterizados. A cepa clínica #5 não alterou a expressão de mRNA em 24 e 48h
nos genes da resposta adaptativa, sugerindo baixas taxas de invasão e controle do
hospedeiro nas etapas iniciais da infecção. A cepa clínica #11 demonstrou alta
atividade macrofágica devido a maior expressão de IFN-γ e NOS. A cepa #14 e #27
demonstraram um possível potencial de proteção Th1 devido a alta expressão
mRNA para MHC-like II e Th1 quando comparado a outras cepas e o controle
positivo. A presença de alta expressão de IL-17 na cepa #27 relação com células
Th17. O potencial imunológico da cepa #27 pode ter relação com as enterotoxinas
(shET1A, shET1B e shET2). A presença do conjunto completos destas enterotoxinas
foi confirmado na cepa #27 por PCR. Conclusão: As diferenças entre cepas clínicas
e padrões foram evidentes neste estudo. Cepa clínica 27 parece ser uma ótima
candidata para estudos futuros e pode prover novas perspectivas para as diferenças
de invasão e resposta imune vista nos hospitais. |