Dissertação

Resposta à adubação e espaçamento de duas espécies florestais para produção de energia na Amazônia Central

O Sclerolobium paniculatum pertencente à família Fabaceae, possui boa adaptação a solos mais arenosos e pobres em nutrientes. Pertencente família Myrtaceae, Eucalyptus urograndis, ocorre em diferentes condições ambientais, com solos de alta e baixa fertilidade. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar...

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Autor principal: Melgueiro, Francisco Itamar Gonçalves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8850942436995037
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5225
Resumo:
O Sclerolobium paniculatum pertencente à família Fabaceae, possui boa adaptação a solos mais arenosos e pobres em nutrientes. Pertencente família Myrtaceae, Eucalyptus urograndis, ocorre em diferentes condições ambientais, com solos de alta e baixa fertilidade. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o crescimento de Eucalyptus urograndis e Sclerolobium paniculatum, sob diferentes espaçamentos e doses de adubação fosfatada para a produção energética no município de Itacoatiara-AM. Foram implantados 45 parcelas, com bordadura de 18 e 10 plantas úteis/parcela. O delineamento foi em parcelas subdivididas em blocos. Determinou-se a taxa de mortalidade; crescimento em altura, diâmetro e volume; produção e ajuste de modelos de regressão para biomassa; fator de empilhamento e caracterização da madeira para produção de energia. Conclui-se para S. paniculatum que não houve influencia do fator espaçamento, dosagem de fósforo e da interação no crescimento em diâmetro, altura e volume das espécies. A dosagem de fósforo influenciou a produção de biomassa. Considerando todos os espaçamentos, o modelo quadrático do volume em função da dosagem (V = 72,4186 + 1,2225D - 0,0076D² - R² = 0,9484) foi o que melhor se ajustou aos dados com ponto de máxima P = (73,85g, 113,87 m3/ha). O espaçamento 2m x 2m foi o único que apresentou regressão do volume em função da dosagem (V= 86, 5475 + 1,9047D - 0,0142D² - R² = 0,9991) com ponto de máxima P = (60,07g, 149,72 m3/ha). Os valores de biomassa foi maior no fuste (25,64 kg) e o teor de água foi superior nas folhas (50,59 %). A biomassa apresentou resultado significativo somente para o fator dosagem, com a maior produção de 90g (85,56 Mg/ha) e 60g (81,96 Mg/ha). Considerando todos os espaçamentos o modelo que melhor se ajustou aos dados de biomassa em função da dosagem foi Biom = 46,6273 + 0,9839D - 0,0065D² - R² = 0,9676, com ponto de máxima P = (75,68g, 86,83Mg/ha). Só houve regressão para biomassa no espaçamento 2m x 2m, Biom = 49,6725 + 1,8226D - 0,0137D² - R² = 0,9804, com ponto de P = (66,45g, 110,16 Mg/ha). O fator de empilhamento foi de 0,63, a densidade básica média foi de 0,61g/cm³ e o teor de umidade de 80,54 %. O melhor modelo ajustado para biomassa acima do solo foi dado pela equação Ps = -0,091850d + 0,424990d², com R² ajustado de 94,28 % e Syx de 11,13 %. Com base no poder calorífico a madeira da espécie S. paniculatum foi considerado propícia para a produção de energia. Conclui-se para E. urograndis que a dosagem de fósforo influenciou significativamente a taxa de mortalidade, o crescimento em altura, diâmetro e na produção em volume. Considerando todos os espaçamentos, a relação entre o volume e a dosagem de fósforo é linear, V = 18,5657 + 1,3367D, R² = 0,9768. Houve regressão entre o volume e a dosagem de fósforo para os três espaçamentos testados. A Interação do fator dosagem de fósforo e espaçamento foi significativo, assim, no espaçamento 2m x 2m as doses de 90g e 120g não diferem e se mostram eficientes. Considerando todos os espaçamentos o modelo que mais se ajustou aos dados de biomassa em função da dosagem foi Biom = 8,1120 + 0,7204D - R² = 0,9885. Houve regressão entre a biomassa e a dosagem de fósforo para os três espaçamentos testados. O fator de empilhamento foi de 0,64, a densidade básica média foi de 0,46g/cm³. O teor de umidade apresentou resultado significativo somente para o fator dosagem, com as doses de 120g (97,60 %) e 90g (104,40 %) superior as demais. O melhor modelo ajustado para biomassa acima do solo foi dado pela equação LnPs = -2,252810 + 2,419040Lnd, com R² ajustado de 94,49 % e Syx de 4,76 %. Com base no poder calorífico a madeira da espécie E. urograndis foi considerado propícia para a produção de energia.