Dissertação

Euclides da Cunha: Integração, Paisagem e Topofilia

Este trabalho constitui-se num exercício exegético das obras Os Sertões e À Margem da História, de Euclides da Cunha. Busca-se realizar uma comparação direta entre as duas obras no âmbito dos temas Integração Regional, Paisagem e Topofiliação. Os objetivos foram identificar como o autor entende e pr...

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Autor principal: Ferreira, Antenor da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7177391245616713
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5276
Resumo:
Este trabalho constitui-se num exercício exegético das obras Os Sertões e À Margem da História, de Euclides da Cunha. Busca-se realizar uma comparação direta entre as duas obras no âmbito dos temas Integração Regional, Paisagem e Topofiliação. Os objetivos foram identificar como o autor entende e propõe a integração das regiões Nordeste e Norte à nação brasileira, e ainda, compreender como o autor classifica a paisagem, as gentes e os espaços do Nordeste e da Amazônia. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, realizando-se um exame dos escritos de interesse da pesquisa, sem negligenciar os demais escritos do autor, bem como de fontes secundárias, extraindo-se subsídios para a construção do trabalho. Euclides da Cunha vivenciou grande parte dos eventos históricos mais marcantes da história do Brasil, no bojo da mudança de regime político do Império à República Presidencialista em 1889. Desde as primeiras letras o autor preocupou-se em escrever para interferir na realidade social em que vivia, increvendo-se na galeria dos autores que procuraram definir o Brasil. A temática da integração regional é a sua grande contribuição, sendo pioneiro em relação à integração da Amazônia. Euclides descreve minuciosamente a paisagem para valorizar a luta do sertanejo contra a natureza, evidenciando-lhe a bravura, traço psicológico que o faz triunfar sobre um ambiente hostil e que é proposto pelo autor como modelo para a nação. No trato com a paisagem, ainda, o autor deixou-se perceber francamente desgostoso com a paisagem amazônica. Neste trabalho se buscou explicar esse estranhamento expressão de um sentimento topofílico, provocado pelo confronto do autor com uma paisagem diferente do modelo topográfico que evoca os seus sentimentos de belo e aprazível, configurados pela sua ambientação em região montanhosa.