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Dissertação
Impacto ambiental por ocupação em encostas urbanas: estudo de caso no bairro Gilberto Mestrinho Zona Leste de Manaus
Os estudos que versam sobre as ocupações irregulares em encostas situadas em áreas urbanas e os graves reflexos desse processo no ambiente, têm suscitado amplas discussões nas mais diversas áreas do conhecimento. Neste contexto, o presente trabalho, tem por finalidade, apresentar resultados sobre...
Autor principal: | Batista, Daiane Cardoso Lopes |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0527951895570463 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5359 |
Resumo: |
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Os estudos que versam sobre as ocupações irregulares em encostas situadas
em áreas urbanas e os graves reflexos desse processo no ambiente, têm suscitado
amplas discussões nas mais diversas áreas do conhecimento. Neste contexto, o
presente trabalho, tem por finalidade, apresentar resultados sobre impactos
ambientais em encostas, a partir de um estudo de caso, realizado no bairro Gilberto
Mestrinho, localizado na Zona Leste da cidade de Manaus. As etapas que
constituíram o desenvolvimento da pesquisa incluíram: pesquisa bibliográfica,
levantamentos e inspeções de campo, georreferenciamento e mapeamento da área,
sistematização, integração de dados com base nas informações sobre o bairro.
Dentre as técnicas e procedimentos metodológicos utilizados para a obtenção dos
resultados pode-se enunciar: a correlação de indicadores, a identificação dos fatores
geomorfológicos que exercem controle sobre processo erosivo, a composição
pedológica e a caracterização do escoamento superficial. A geração de mapas
temáticos e acervo cartográficos de imagens temporais da série LandsaT/TM 5 e do
sensor ADS- 80 fornecidos pelo Sistema de Proteção da Amazônia e a criação de
um banco de dados da área de estudo também compuseram fases de obtenção dos
dados. Realizadas as fases de pesquisa e sistematização dos dados, as
interpretações providenciaram os seguintes resultados: Foram encontrados e
mapeados em campo, 10 pontos de ocorrências de incisões erosivas do tipo
voçorocas, seguindo-se as cicatrizes de escorregamentos e as áreas susceptíveis à
inundação nas zonas de sopé das encostas. Com o que diz respeito a este último
aspecto tomou-se como condicionante do mapeamento a rede de drenagem local
com relação à cota de 30m. A análise temporal para reconhecer o processo de
ocupação da área, foi realizada pela identificação do avanço de desmatamento
sobre os pontos analisados na superfície do terreno. Sendo assim, de acordo com
esse parâmetro foi evidenciado que 74% da área de estudo, o que equivale a 591,98
ha foram desmatados no ano de 2005. Em 2010, este número passou para 619,13
ha, correspondendo assim a 77% da área desmatada. Prosseguindo-se com a
análise, verificou-se por meio de informações geoprocessadas, que em 2015 houve aumento de 634,71 ha correspondentes a 80% de faixa onde a vegetação foi
suprimida. Estes dados são significativos de uma área de ocupação recente. Com
relação à caracterização geomorfológica, nas topossequências das encostas
selecionadas para análise granulométrica, constatou-se que o tipo de solo e a
composição textural associados a fatores como declividade e formato da encosta,
exercem papel controle sobre a erosão e em alguns casos sobre os movimentos de
massa. Estes aspectos foram identificados na ÁREA 1 onde predomina um solo
argiloso e, por conseguinte, apresenta maior estabilidade à deflagração de processo
erosivo com declividade de 27 a 47% considerada elevada, já foi atingida por
intervenções e nas adjacências encontra-se ocupada, grau de risco R3. Na ÁREA 2,
a maior predominância de solos arenosos, as declividades 9 a 16% são baixas a
moderadas e são atingidas por processos de inundação, o que aumenta o risco as
ocupações no sopé das encostas, grau de risco R4. Na ÁREA 3 a composição
argilo-arenosa, declividade de 16 a 27% moderadas, grau de risco R3. No que se
refere ao fator declividade no Bairro Gilberto Mestrinho as classes de risco que
apresentam maior expressão na área de estudo são de 16 a 27% equivalem a uma
área de 255,37 km2 no total da área do bairro de 705,61 km2. Atestando que as
áreas são complexas para ocupação, apresentando instabilidades nas encostas e
interferências de diversos fatores, sendo assim necessitam de intervenções do
poder público e de medidas mitigadoras dos orgãos competentes, para prevenir
futuros eventos. |