Dissertação

A lateritização na Amazônia Ocidental: sul de Roraima e norte e noroeste de Rondônia

Este trabalho aborda o contexto laterítico com base nos aspectos texturais, mineralógicos, geoquímicos. Na região da Vila Nova Colina no centro sul do estado de Roraima, há dois tipos de crostas lateríticas: (i) vermiforme ferruginosa com elevados teores de caulinita, goethita, hematita, magnetita e...

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Autor principal: Castro, Rodrigo Tokuta
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7919607755616289
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5405
Resumo:
Este trabalho aborda o contexto laterítico com base nos aspectos texturais, mineralógicos, geoquímicos. Na região da Vila Nova Colina no centro sul do estado de Roraima, há dois tipos de crostas lateríticas: (i) vermiforme ferruginosa com elevados teores de caulinita, goethita, hematita, magnetita e anatásio e maior concentração de Al2O3, Sc, Th, e Zr desenvolvida sobre granitos e, (ii) maciça ferro-titanífera com altos teores de magnetita, hematita, maghemita, goethita, caulinita, anatásio, gibbsita e ilmenita e de Fe2O3, TiO2, V e Cu desenvolvida a partir de quartzo-hornblenda gabro. A crosta maciça em posição topográfica mais elevada (220 m) e sua composição mineralógica e geoquímica, indicam maior maturidade que a crosta vermiforme em cota mais baixa (140 m). Além disso, a presença de gibbsita na crosta maciça, indica que ela é relicto de uma fase erosiva na centrosul de Roraima, provavelmente associada a subsidência da bacia do Tacutu no Mioceno. Na região norte e noroeste de Rondônia ocorrem perfis lateríticos desenvolvidos a partir de monzogranitos do cráton Amazonas (p.e. Suítes Intrusivas Serra da Providência, Santo Antônio, São Lourenço-Caripunas e Laje). Os perfis são completos e incompletos de acordo com o estágio de evolução/truncamento. O saprólito e o horizonte mosqueado são formados por caulinita, quartzo, goethita, rutilo/anatásio, muscovita, illita e albita marcados por teores mais elevados em Al2O3, PF, Nb, Pb, Th, U e Zr. As crostas lateríticas exibem textura vermiforme e colunar, localmente pisolíticas com maior conteúdo de goethita, gibbsita e hematita e de Fe2O3, SiO2, Al2O3, PF, TiO2, Ga, Hf, Nb, Sc, Th, U, V e Zr. Os solos, no topo dos perfis são quimicamente similares as crostas sobrepostas. Assim como em Roraima, os perfis são remanescentes de uma fase erosiva associada ao esculpimento da Chapada dos Parecis e a formação do traçado atual do rio Madeira. A estrutura dos perfis e a ausência de crosta bauxítica, indicam estrutura típica de perfis pouco evoluídos desenvolvidos a partir do Plio-Pleistoceno, época da segunda fase de lateritização na Amazônia.