Com o objetivo de se obter vantagens técnicas, econômicas e ambientais, esta
pesquisa desenvolveu um estudo da produção de placas cimentícias reforçadas com fibras
longas de malva e avaliou o seu comportamento físico e mecânico. A motivação para o
trabalho com esta fibra se deve a sua oferta em larga escala, baixo custo e resultados já
satisfatórios em outras pesquisas, sendo estas preparadas, tratadas e caracterizadas. E para
garantir a não deterioração destas fibras, fez-se o uso de resíduo cerâmico moído, em
substituição de parte do cimento na matriz, produzindo uma pasta com baixo teor de
hidróxido de cálcio livre, contribuindo para a proteção da fibra. Além disso, para reduzir a
absorção de água e a consequente diminuição da variação dimensional da fibra, usou-se
também o tratamento de hornificação e impermeabilização a base de verniz. Na produção
deste compósito foi utilizado aditivo superplastificante, areia média, cimento Portland CP II
32-F e água. Com esses materiais foram produzidas placas com o uso de fôrmas acrílicas de
dimensões de 40x40x1cm. Para a análise das propriedades mecânicas dessas placas foi
necessário à realização dos ensaios de tração direta, flexão em quatro pontos e flexão em três
pontos. Dos resultados obtidos, pode-se concluir que o compósito que apresentou os melhores
resultados em termos das características físicas, por meio do ensaio de termogravimetria e
caracterização das fibras, e mecânicas, por meio dos ensaios de tração e flexão, foi aquele
produzido com fibras de malva hornificadas e impermeabilizadas com verniz e a substituição
de 30% do cimento Portland pelo resíduo cerâmico, o qual apresentou módulo de elasticidade
de 22,3 GPa, resistência à tração de 23 MPa e Módulo de ruptura de 38,6 MPa.
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