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Dissertação
Prevalência de Síndrome da fragilidade em idosos da área urbana do município de Coari - Amazonas: um estudo de base populacional
O envelhecimento populacional é crescente, porém ocorre em ritmos diferentes nas diversas regiões brasileiras. Enquanto o índice de envelhecimento brasileiro em 2010 era de 26,54%, o do Amazonas era de 9,79% e a população de idosos era de respectivamente 11,1% e 6,3% no ano de 2008. Esse fenômeno...
Autor principal: | Silva, Karoline Rodrigues da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0325020748953952 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas - Fundação Oswaldo Cruz
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5590 |
Resumo: |
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O envelhecimento populacional é crescente, porém ocorre em ritmos diferentes nas diversas
regiões brasileiras. Enquanto o índice de envelhecimento brasileiro em 2010 era de 26,54%, o
do Amazonas era de 9,79% e a população de idosos era de respectivamente 11,1% e 6,3% no
ano de 2008. Esse fenômeno é responsável pelo aumento de doenças crônicas, déficits físicos
e incapacidades, gerando maior necessidade de cuidados e gastos, com perda de qualidade de
vida e aumento das hospitalizações. Neste contexto a Síndrome da Fragilidade, vem sendo
estudada devido sua importância clínica por reduzir a reserva funcional com aumento de
incapacidades e vulnerabilidade, associando-se com maior risco de perda de funcionalidade,
hospitalizações, quedas e morte. O estudo teve por objetivo identificar a prevalência de
síndrome da fragilidade e fatores associados em idosos da área urbana do município de Coari.
O estudo era de base populacional, sendo avaliados 269 idoso. Utilizando o Fenótipo de Fried,
foi considerado frágil aqueles com 3 ou mais dos 5 critérios: fraqueza muscular, perda de peso
não intencional, exaustão por auto-relato, baixo nível de atividade física e lentidão na
velocidade de marcha. As variáveis sócio-demográficas foram avaliadas através de
questionário multidimensional. Os dados foram analisados utilizando estatística descritiva
utilizando teste Qui-Quadrado para associação de variáveis com fragilidade. Na análise
multivariada pela regressão de Poisson, utilizou-se variáveis dicotômicas frágil e não frágil,
em blocos hierárquicos de variáveis sócio-demográficas, de saúde e funcionalidade. A
prevalência de fragilidade foi de 9,4%. No modelo final de análise multivariada, fatores
associados independentemente com fragilidade foram: idade (RP:4,12; IC95%:1,82-9,33),
renda familiar menor que um salário mínimo (RP:3,43; IC95%:1,7-6,91), moradia do tipo
alvenaria (RP:3,31; IC95%:1,34-8,24), nunca ter morado em comunidade ribeirinha (RP:2,7;
IC95%:1,36-5,38), uso de mais de 3 medicamentos (RP:3,10; IC95%:1,39-6,9), presence de
ao menos 1 queda (RP:2,31; IC95%:1,09-4,91) e algum medo de cair (RP:4,14; IC95%:1,32-
12,96). Nosso estudo encontrou a prevalência de fragilidade de 9,4%, diferenciando-se de
outras cidades brasileiras com baixo IDH, sendo comparativamente menor, mas dentro da
variabiliade de prevalência dos estudos. Os fatores associados foram semelhantes aos estudos
internacionais, mas a associação positiva entre fragilidade e ter vivido em comunidade
ribeirinha e associação negativae com o tipo de moradia de alvenaria, encontradas, destacamse
por não terem sido estudadas anteriormente e poderem estar relacionadas com o estilo de
vida amazônico. |