/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Efeito de borda sobre a estrutura de comunidade de morcegos em floresta de terra-firme, Amazônia Central
Na região da Amazônia brasileira, grande parte das florestas vem sofrendo perdas e alterações com o decorrer dos anos, resultado de ações antrópicas, como o desmatamento e construções de rodovias. Estas ações criam ambientes de borda nas florestas primárias que estão sujeitas aos efeitos intrínse...
Autor principal: | Neves Junior, Luiz Ramos |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4797138814470775 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5610 |
Resumo: |
---|
Na região da Amazônia brasileira, grande parte das florestas vem sofrendo perdas e alterações
com o decorrer dos anos, resultado de ações antrópicas, como o desmatamento e construções
de rodovias. Estas ações criam ambientes de borda nas florestas primárias que estão sujeitas
aos efeitos intrínsecos que influenciam tanto a parte abiótica como a biótica. Neste estudo foi
investigada como a frequência de captura, a estrutura e a composição das comunidades de
morcegos respondem ao efeito de borda em floresta de terra-firme. O estudo foi realizado na
Fazenda Experimental da UFAM e áreas próximas localizadas na BR-174, Amazônia Central.
Em 50 noites (2.100 horas-rede), foram capturados 401 morcegos de 30 espécies pertencentes
a cinco famílias: Phyllostomidae (24 spp.), Emballonuridae (2 spp.), Thyropteridae (1 sp.),
Mormoopidae (1 sp.) e Vespertilionidae (2 spp.). Destas espécies, 10 representaram 91,48%
das capturas. Carollia spp. foi a espécie no total com o maior número de capturas (62,07%), e
houve maior diferença na frequência de captura no ambiente de borda. Artibeus concolor,
Artibeus gnomus, Artibeus obscurus, Rhinophylla pumilio, Pteronotus parnellii, Sturnira
tildae, Phyllostomus discolor e Lonchophylla thomasi não apresentaram diferença nas
frequências de capturas entre os ambientes de borda e floresta. Phyllostomus elongatus foi
mais frequente no interior do que na borda. A técnica de Escalonamento Multidimensional
Não Métrico (NMDS) permitiu verificar que existe uma bem marcada separação entre as
frequências de captura das 10 espécies mais capturadas e dos dados de ocorrência para o
ambiente de borda e o interior de floresta. Estas mostraram-se heterogeneamente distribuídas
entre os dois ambientes. Os frugívoros, pertencentes às subfamílias Carollinae e
Stenodermatinae, foram os mais capturados e que apresentaram diferença na frequência de
captura no ambiente de borda. Insetívoros-catadores foram a segunda guilda mais capturada,
mas não apresentaram diferenças entre os ambientes, assim como os insetívoros-aéreos,
nectarívoros e sanguinívoros. Concluiu-se que com os primeiros resultados desse trabalho
pode-se dar início ao entendimento de como o efeito de borda atua na estrutura e composição
das comunidades de morcegos para algumas regiões de floresta na Amazônia Central. |