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Tese
Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas de Óxido de Ferro para o tratamento de leishmaniose cutânea via hipertermia por ondas curtas
A leishmaniose é uma patologia que afeta cerca de 12 milhões de pessoas em todo mundo, sendo prevalente em 5 continentes e considerada endêmica em 98 países. A forma cutânea é a mais comum e pode ser causada por aproximadamente 20 espécies. No Brasil, o medicamento à base de antimônio é utilizado...
Autor principal: | Mendonça, Ayrles Silva Gonçalves Barbosa |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/6072012811555265 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5744 |
Resumo: |
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A leishmaniose é uma patologia que afeta cerca de 12 milhões de pessoas em todo mundo,
sendo prevalente em 5 continentes e considerada endêmica em 98 países. A forma cutânea é a
mais comum e pode ser causada por aproximadamente 20 espécies. No Brasil, o medicamento
à base de antimônio é utilizado como primeira escolha na terapêutica da leishmaniose. Após
administração endovenosa, ele é rapidamente absorvido e praticamente 90% do antimônio é
excretado nas primeiras 48h pelos rins. Em conseqüência, faz-se indispensável a
administração de doses elevadas, o que gera muitos efeitos colaterais, incluindo alterações
cardiorrespiratórias e renais. Nesse sentido, o objetivo geral do presente trabalho constituiu-se
como o desenvolvimento e caracterização de nanopartículas de maghemita puras e revestidas
com ácido glicurônico e frutose, atrelado a aplicação de ondas curtas, visando a geração de
um protocolo de tratamento inovador, via hipertermia, para o tratamento de lesões de
leishmaniose cutânea. Para tanto, foram realizados, além da síntese das nanopartículas,
ensaios de caracterização, que incluem, entre outros, microscopia de varredura, via FEG;
difração de Raio-X; espectroscopia na região do infravermelho (FTIR); espectroscopia de
Möusbauer e medidas magnéticas (ZFC). Ensaios de definição de parâmetro de ondas-curtas e
ensaios de viabilidade celular in vitro, com e sem o uso de ondas curtas, também foram
realizados. Os resultados do FEG revelaram uma estrutura bem ordenada de nanopartículas,
com diâmetro médio na ordem de 60nm. Os dados de difração de raio-X, juntamente com
Möusbauer, indicaram o estado de oxidação e fase cristalina do oxido de ferro compatível
com uma amostra pura de maghemita. As medidas do FTIR indicaram adsorção dos ligantes
às nanopartículas, sobretudo quando revestidas com ácido glicurônico. As medidas de
magnetização por ZFC indicaram, em todas as amostras, propriedades magnéticas
compatíveis com regime ferromagnético e magnetização de saturação entre 56 e 59 emu/g,
indicando que esses materiais quando expostos à um campo eletromagnético alternado
permitirão a hipertermia. Por fim, os ensaios in vitro indicaram um real efeito leishmanicida
quando as nanopartículas puras ou revestidas foram expostas ao campo magnético alternado
do ondas-curtas por 30 minutos, o que gerou hipertermia e consequente morte do patógeno.
Diante do exposto, é possível concluir que a aplicação do método leishmanicida proposto
indicou um alto potencial de utilização para o tratamento de lesões de leishmaniose cutânea
via hipertermia por ondas-curtas com nanopartículas de maghemita. |