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Dissertação
Concentrações de neopterina no soro e líquido cefalorraquidiano em pacientes com paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-I (TSP/HAM) e indivíduos HTLV-I assintomáticos em Manaus, AM-Brasil
Introdução: A infecção pelo vírus HTLV-I pode levar a Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-I (TSP/HAM), a qual é uma doença desmielinizante crônica progressiva que afeta a medula espinhal e a substância branca do cérebro. Menos de 5% dos portadores crônicos do HTLV-I desenv...
Autor principal: | Takatani, Massanobu |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5868253769010433 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5903 |
Resumo: |
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Introdução: A infecção pelo vírus HTLV-I pode levar a Paraparesia Espástica
Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-I (TSP/HAM), a qual é uma doença
desmielinizante crônica progressiva que afeta a medula espinhal e a substância
branca do cérebro. Menos de 5% dos portadores crônicos do HTLV-I desenvolverão
essa complicação. As primeiras manifestações da doença ocorrem na quarta década
de vida sendo que os distúrbios da marcha, a fraqueza e o enrijecimento dos
membros inferiores constituem os principais sinais e sintomas de sua apresentação.
Não há tratamento eficaz para essa mielopatia. Numerosos estudos sustentam a
idéia de que processos inflamatórios e imunológicos contribuem para a
etiopatogênese da TSP/HAM. Nesse estudo avaliaram-se as concentrações de
neopterina no soro e líquido cefalorraquidiano (LCR), em pacientes com TSP/HAM e
indivíduos HTLV-I assintomáticos. Neopterina é uma substância liberada pelos
macrófagos após estimulação pelo interferon gama durante o processo de ativação
do sistema imune.
Metodologia: Concentrações de neopterina foram avaliadas em 11 pacientes com
TSP/HAM e 21 indivíduos HTLV-I assintomáticos. Sendo 11 (34,4%) amostras de
soro e 10 (62,5%) amostras de LCR de pacientes com TSP/HAM, e 21 (65,6%)
amostras de soro e 06 (37,5%) amostras de LCR de indivíduos HTLV-I
assintomáticos. A determinação quantitativa das concentrações de neopterina no
soro e LCR foram realizadas empregando-se um conjunto diagnóstico comercial,
baseado no princípio dos ensaios imunoenzimático (ELISA), do tipo competitivo.
Resultados: A média de idade para os pacientes com TSP/HAM foi de 48,5 + 11,1
anos e para os indivíduos HTLV-I assintomáticos de 41,5 + 7,7 anos (p=0,0440). A
concentração média (DP) de neopterina no soro de pacientes com TSP/HAM foi
10,3+8,9nmol/l e 4,6+1,2nmol/l em indivíduos HTLV-I assintomáticos (Mann-
Whitney, p=0,0069). A concentração média (DP) de neopterina no LCR em
pacientes com TSP/HAM foi 30,8+47,8 nmol/l, e 3,4 +1,1 nmol/l em indivíduos HTLVI
assintomáticos (Mann-Whitney, p=0,0011). A média (DP) para o tempo de doença
na TSP/HAM foi de 8,0 + 5,0 anos e a média (DP) para o grau de incapacidade
motora foi de 4,6+ 1,8 (variação de 0 a 10).
Conclusão: Encontramos diferenças nas médias das concentrações de neopterina
no soro e LCR entre pacientes com TSP/HAM e indivíduos HTLV-I assintomáticos.
Em pacientes com TSP/HAM, concentrações de neopterina no soro e LCR não
apresentaram correlação com o tempo de doença. As concentrações de neopterina
no LCR apresentaram correlação com o grau de incapacidade motora, porém, o
mesmo não foi observado no soro. |