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Tese
Avaliação do potencial nanotecnológico de Aspergillus do bioma Amazônico
Neste estudo foi avaliado o potencial de linhagens de Aspergillus na síntese extracelular de nanopartículas de prata com propriedades antimicrobianas. As 20 linhagens de Aspergilllus foram subcultivadas em caldo glicosado 2% (p/v) a 28 ºC por sete dias. Após cultivo monospórico foram avaliadas as...
Autor principal: | Silva, Taciana de Amorim |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3617090046665788 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6101 |
Resumo: |
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Neste estudo foi avaliado o potencial de linhagens de Aspergillus na síntese
extracelular de nanopartículas de prata com propriedades antimicrobianas. As 20 linhagens de
Aspergilllus foram subcultivadas em caldo glicosado 2% (p/v) a 28 ºC por sete dias. Após
cultivo monospórico foram avaliadas as características morfológicas das culturas em ágar
Czapek, CYA [ágar Czapek Dox e extrato de levedura 0,5% (p/v)] e ágar extrato de malte
(MEA) para autenticação das linhagens. A identificação molecular foi realizada utilizando
sequencias da região ITS do rDNA. A produção de biomassa foi realizada por fermentação
submersa em 200 mL de extrato de MGYP, a 28 ºC, 180 rpm. E como inóculo foi adicionado
no meio 106 esp/mL de meio. Após 96 h, no extrato micelial recuperado da lavagem da
biomassa foi adicionado solução de AgNO3 até concentração final de 1 mM. A reação de
síntese das nanopartículas de prata foi realizada na ausência de luz, a 25 ºC, 180 rpm. A
confirmação das AgNPs foi feita por espectroscopia de UV-vis e a caracterização foi realizada
por espalhamento dinâmica de luz, microscopia eletrônica de transmissão, difração de raios-
X, energia dispersiva de raios-X e métodos de espectrometria e espectroscopia avançados.
Escherichia coli, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Candida albicans e Trichosporon
beigelii foram os micro-organismos teste utilizados na atividade antimicrobiana das AgNPs
pela técnica de difusão em ágar e na determinação da Concentração Mínima Inibitória (CMI).
A síntese da membrana foi feita por eletrofiação e a espessura foi analisada no microscópio
eletrônico de varredura (MEV). Posteriormente, as AgNPs foram adicionadas à NanoMAC e
o efeito antimicrobiano foi avaliado pelo método de difusão em ágar. O teste de citotoxicidade
foi realizado frente a fibroblastos humanos (MRC5) pelo método de Alarmar Blue®
utilizando 100 μg/mL de AgNPs liofilizadas. As microesferas de alginato foram sintetizadas
por coacervação complexa com incorporação de AgNPs pelo método in situ e ex situ e
caracterizadas no MEV. As técnicas utilizadas na autenticação dos Aspergillus foram
eficientes, e os testes moleculares classificaram as linhagens nos grupos niger e flavus. 70%
dos Aspergillus mediaram a síntese de AgNPs, sendo as linhagens do grupo flavus mais
eficazes. As AgNPs produzidas foram mais eficientes para leveduras, com CMI para T.
beigelii de 0,11 μg/mL e para C. albicans de 0,22 μg/mL, não apresentando toxicidade frente
a linhagem MRC5. A NanoMAC revestida com AgNPs apresentou incremento na ação
antifúngica de 24,22% quando testadas frente a C. albicans. A incorporação de AgNPs em
microesferas de alginato potencializou o efeito antimicrobiano dessas moléculas,
principalmente o efeito anti-levedura. Os Aspergillus isolados de substratos do bioma
Amazônico são promissores para utilização em processos de síntese biológica de AgNPs com
propriedades antimicrobianas relevantes, demostrando grande potencial para utilização na
área médica, farmacêutica e cosmética. |