/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Elementos da autopoiese no processo educacional e científico
A instituição escolar é, antes de tudo, um espaço no qual se consolida a práxis pedagógica, objetivando a aprendizagem dos estudantes e sua orientação para a vida em um planeta multidimensional vivo. Nesse contexto a práxis pedagógica precisa acompanhar estes movimentos em todos os níveis educaciona...
Autor principal: | Lima, Kátia de Oliveira |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0506936752110768 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6277 |
Resumo: |
---|
A instituição escolar é, antes de tudo, um espaço no qual se consolida a práxis pedagógica, objetivando a aprendizagem dos estudantes e sua orientação para a vida em um planeta multidimensional vivo. Nesse contexto a práxis pedagógica precisa acompanhar estes movimentos em todos os níveis educacionais, uma vez que o modo como o processo educacional se desenvolve reflete na aprendizagem dos estudantes. Logo, uma práxis linear pode levar os estudantes a uma percepção disjuntiva em um mundo global onde tudo acontece em rede de interconexões. Neste panorama esta dissertação teve como objetivo identificar as possibilidades e desafios de desenvolver a práxis educacional pelo prisma da interdisciplinaridade entrelaçada a questões concernentes a sustentabilidade na sua multidimensionalidade na Educação de Jovens e Adultos – EJA, uma vez que os discentes desta modalidade educacional são sujeitos que possuem um significativo conhecimento empírico que pode ser ressignificado, para a compreensão deste planeta em movimento, pela práxis escolar. A fim de delimitar o campo de pesquisa selecionamos duas turmas da 3ª fase do primeiro segmento de uma escola municipal de Manaus. Nesse processo elegemos a epistemologia ecossistêmica na qual dialogamos com Edgar Morin (2010a, 2010b, 2011a, 2011b, 2015); Ivani Fazenda (2008, 2011, 2012); Hiton Japiassu (1976, 1994), entre outros, que tratam da educação pela perspectiva da 'inter' e transdisciplinaridade e com Fritjot Capra (1998, 2005, 2006, 2014); Humberto Maturana (1982, 2002, 2011); Francisco Varela (2011) que assim como os demais pesquisadores supracitados, desenvolvem pesquisas pelo prisma ecossistêmico, onde todos os movimentos acontecem em rede, para eles a sustentabilidade é uma questão de vida em rede. No movimento da investigação, devido a um evento caótico, elementos que não estavam no nosso projeto revelaram sua força ao alterar a dinâmica do estudo. Na busca por engendrar uma trama metodológica capaz de abordar tanto o objetivo geral quanto os elementos que emergiram no decurso da pesquisa, optamos pela entrevista semiestruturada, para dar voz aos sujeitos e pelo formulário para compreender qual a percepção dos sujeitos da pesquisa sobre sustentabilidade, nesse processo elegemos a cartografia como estratégia metodológica na qual dialogamos com Cardinale Baptista (2011, 2014a, 2014b); Félix Guatari (2000); Guilles Deleuze (2000) e Sueli Rolnik (2011). Nesta tecedura evidenciou-se que desenvolver a práxis educacional pela perspectiva da interdisciplinaridade na EJA com bases em temas relativos a sustentabilidade não é apenas possível, como essencial para que os educandos conheçam, compreendam, reflitam e ajam nas redes em que estão imbricados. Conjuntamente percebeu-se que uma pesquisa científica não se constrói linearmente, com passos fechados, ou seja, se o pesquisador não estiver disposto a criar novas trilhas para acompanhar os fluxos do fenômeno pesquisado, provavelmente perderá informações importantes para o seu estudo, logo para a comunidade científica. |