As embalagens metálicas de acondicionamento de tintas de acabamento, como as de PVA, em
geral são descartadas em lixões, levando cerca de cinco anos para a sua degradação natural,
causando um impacto ao meio ambiente. Sem qualquer tipo de reaproveitamento. Estima-se
que somente na cidade de Porto Velho são descartadas 648.000 unidades por ano, segundo a
Associação Comercial de Rondônia. Para tanto, procurou-se mostrar a sua utilização como
uma fibra metálica adicionada no concreto, submetendo o compósito, aos ensaios de
resistência mecânica à compressão axial, resistência de compressão diametral, e a resistência
à tração na flexão em corpos prismáticos. Os resultados obtidos são, embora que ainda
iniciais, promissores principalmente nos resultados dos ensaios que se obtém aos 28º dias, dos
corpos de prova com a adição de fibras submetidos a compressão axial, a tração diametral e a
tração à flexão. A adição de fibras metálicas promoveu um aumento de resistência, em relação
ao concreto de referencia, de até 20,28%, na tração à flexão em corpos prismáticos, sendo um
bom indicador para que os estudos possam continuar, em se tratando de um material de baixo
custo e de alto índice presente nos resíduos sólidos provenientes da construção civil.
Observou-se a importância do ajuste no fator de forma, da fibra de aço, necessário para
melhorar ainda mais o desempenho do concreto. Nos ensaios realizados através de
Microscopia Eletrônica de Varredura e Óptica, verifica-se a evidente diminuição das fraturas
a medida que se aumenta o percentual de fibras na matriz cimentícia e a boa incorporação
das fibras no concreto dosado. Esses resultados ganham interesse social e ambiental, insere as
embalagens de aço na coleta seletiva agregando um valor econômico ao material e a renda do
catador, e ao mesmo tempo que diminui o numero de latas de tinta PVA descartadas nos
“lixões”.
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