Dissertação

Genotoxicidade de agentes claredores de alta concentração – um ensaio clínico randomizado

O presente estudo avaliou o potencial genotóxico dos agentes clareadores em alta concentração, peróxido de carbamida (PC) 37% e peróxido de hidrogênio (PH) 38%, bem como a influência da barreira gengival fotopolimerizável e seu tempo de polimerização neste potencial genotóxico. Tratou-se de um ensai...

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Autor principal: Lindoso, Jéssica Bruna Corrêa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3044960332625072
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2018
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6366
Resumo:
O presente estudo avaliou o potencial genotóxico dos agentes clareadores em alta concentração, peróxido de carbamida (PC) 37% e peróxido de hidrogênio (PH) 38%, bem como a influência da barreira gengival fotopolimerizável e seu tempo de polimerização neste potencial genotóxico. Tratou-se de um ensaio clínico randomizado duplo cego onde 56 pacientes foram selecionados e divididos aleatoriamente em dois grupos principais de pesquisa. Foi utilizado o delineamento de boca-dividida em ambos os grupos. No primeiro grupo, o PC37, o agente clareador foi o PC 37%, utilizado na arcada superior com aplicação prévia da barreira gengival fotopolimerizável, formando o subgrupo PCCBG, e em paralelo, na arcada inferior sem a aplicação da barreira gengival, formando o subgrupo PCSBG. No segundo grupo, o PH38, foi utilizado o agente clareador PH 38%, de maneira que na arcada superior a barreira gengival foi aplicada, previamente ao gel clareador, em dois tempos diferentes de polimerização (10 e 30 segundos) gerando, respectivamente, os subgrupos PH10s e PH30s, e ainda, na arcada inferior foi aplicada apenas a barreira gengival, fomando o subgrupo BG. Foram realizadas duas sessões de clareamento dentário em consultório com o intervalo de uma semana entre elas. Coletas de esfregaço da região gengival foram realizadas, a partir da técnica de citologia esfoliativa, no baseline, 14 e 37 dias após o início do tratamento. A genotoxicidade foi aferida a partir do teste de micronúcleos (MN), segundo critérios pré estabelecidos. Os resultados registrados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e ambos os grupos (PC37 e PH38) apresentaram anormalidade na distribuição dos dados. Analisando os subgrupos como amostras independentes, realizou-se o teste Kruskal-Wallis de igualdade de populações, mostrando que não houve diferença entre eles comparando os três pontos de seguimento (baseline, 14 dias e 37 dias), apresentanto P = 0,8721 no grupo PC37 e P = 0.3548 no grupo PH38. Nenhum dos agentes apresentou potencial genotóxico, assim como a utilização da barreira gengival em diferentes tempos de polimerização não causou aumento na taxa de MN encontrada. Estudos clínicos na exploração desse campo são escassos na literatura, havendo necessidade de mais exploração.