O petróleo também conhecido como óleo cru é um líquido escuro de composição variável, geralmente menos denso que a água. Constituindo uma mistura de grande número de diferentes compostos orgânicos e inorgânica, que por sua vez contribuem para torná-lo uma mistura complexa. Devido ao consumo cada vez crescente dos combustíveis fósseis coloca o petróleo como um dos mais importantes produtos de consumo da humanidade. Inegáveis avanços tecnológicos e até mesmo sociais são advindos da era “Pós-Petróleo”. Porém, a dependência da população por derivados do petróleo vem ocasionando aos diversos tipos de ecossistemas (terrestres e aquáticos) graves danos ambientais. Deste modo, a busca por alternativas que objetivem atenuar tais impactos vem crescendo significativamente e dentre elas se destaca a biorremediação. Esta técnica emprega organismos vivos, sobretudo microrganismos com o objetivo de degradar poluentes ambientais. Neste contexto, um estudo prévio isolou a bactéria Enterobacter cloacae provenientes de amostras de térmitas, coletadas na Estrada Coari-Itapeuá no Município de Coari, confirmou-se sua identificação por sequenciamento do gene 16S. Testes de biodegradação realizados em laboratório confirmaram a capacidade desta bactéria em degradar petróleo, além de confirmar a produção de biossurfactante e bioemulsificante por esta espécie. Ainda neste estudo, comprovou-se que a E. cloacae tem a capacidade de aumentar sua hidrofobicidade celular, quando exposta ao óleo bruto. Consequentemente, estes meios biológicos (produção de biossurfactante, bioemulsificante e aumento a hidrofobicidade celular) tem como objetivos aumentar o contato com solventes hidrofóbicos, como no caso do petróleo. O objetivo desta pesquisa foi selecionar e identificar bactérias associadas a isópteros coletadas da Região do Médio Solimões com potencial para degradar petróleo. Portanto, após a identificação molecular realizou-se testes para verificar seu perfil de crescimento em meio de cultura contendo petróleo como única fonte de carbono e energia, bem como testes de hidrofobicidade celular, produção de biossurfactantes e bioemulsificantes. Porém, mais estudos são necessário para efetiva comprovação do potencial deste microrganismo em degradar petróleo, afim de empregá-lo em técnicas de biorremediação.
|
