Dissertação

Efeito imunomodulador do Ácido Palmitoleico 16:1 n-9 na infecção experimental por Klebsiella pneumoniae

Klebsiella pneumoniae é uma bactéria gram-negativa, oportunistas, podendo causar pneumonia, consequentemente lesão pulmonar intensa e mortalidade correlacionadas com exacerbação da resposta inflamatória. Estudos buscam terapias alternativas para controlar os eventos envolvidos na inflamação, aum...

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Autor principal: Lima, Polyane Poly Marques de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0012026405509387
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2018
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6693
Resumo:
Klebsiella pneumoniae é uma bactéria gram-negativa, oportunistas, podendo causar pneumonia, consequentemente lesão pulmonar intensa e mortalidade correlacionadas com exacerbação da resposta inflamatória. Estudos buscam terapias alternativas para controlar os eventos envolvidos na inflamação, aumentando a resolução e reduzindo o risco de lesão tecidual. Recentemente, um isômero do Ácido palmitoleico, 16:1 n-9 foi descrito em monócitos circulantes e em macrófagos derivados de monócitos, com potencial antiinflamatório. Dessa forma, investigamos o efeito imunomodulador de 16:1 n-9 na infecção experimental por K. pneumoniae. Neste estudo, realizamos experimentos in vitro, com estímulo de LPS e tratamento com 16:1 n-9 em macrófagos de linhagem AMJ2-C11 e macrófagos derivados de medula óssea (MDMO) e observamos que apesar da biologia dos macrófagos serem diferentes, o tratamento diminui a produção de mediadores inflamatórios, como NO, IL-6, KC, MCP-1 nos MDMO. No processo de eferocitose de neutrófilos infectados com K. pneumoniae, o tratamento com 16:1 n-9, aumentou a fagocitose por MDMO e potencializou a produção de IL-1β e diminuiu IL-10. Nos nossos experimentos in vivo, camundongos infectados com dose-letal de K. pneumoniae e tratados com 16:1 n-9 (100 μg/mL) tiveram sobrevida aumentada. Quando analisamos os efeitos imunomoduladores do 16:1 n-9 durante a infecção experimental por K. pneumoniae, observamos a diminuição no recrutamento de neutrófilos na fase aguda da infecção, e aumento das células mononucleares na fase tardia da infecção, que nos indicaram ação na resolução da inflamação. O efeito na produção dos mediadores inflamatórios, proteicos e lipídicos também foram descritos, e os dados colaboram com o efeito de resolução, apesar de não ser eficiente na eliminação do agente infeccioso. Por outro lado, o tratamento com 16:1 n-9 teve grande influência no metabolismo de eicosanoides. Assim, sugerimos que o tratamento com 16:1 n- 9 na pneumonia apresenta-se com capacidade de resolução em processo inflamatório, não sendo imunossupressor, mas podendo ser utilizado apenas como um adjuvante de outras terapias farmacológicas.