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Dissertação
Estudo do desempenho do resíduo de vidro moído como material cimentício suplementar para aplicação em concreto autoadensável de alto desempenho
No Polo Industrial de Manaus há grande produção de resíduo proveniente do corte e lapidação de placas de vidro plano. Uma alternativa para a diminuição do impacto ambiental gerado pelo descarte do resíduo de vidro e pelas emissões de CO2 geradas durante a manufatura do cimento é a sua incorporação n...
Autor principal: | Higuchi, Adma Magni Darwich |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/2368775486196152 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6870 |
Resumo: |
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No Polo Industrial de Manaus há grande produção de resíduo proveniente do corte e lapidação de placas de vidro plano. Uma alternativa para a diminuição do impacto ambiental gerado pelo descarte do resíduo de vidro e pelas emissões de CO2 geradas durante a manufatura do cimento é a sua incorporação no concreto como material cimentício suplementar. Neste trabalho, foi analisado o efeito de diferentes teores de resíduo de vidro moído (RVM), como substituição parcial do cimento, na produção de concreto autoadensável de alto desempenho (CAAD). Foi realizado a moagem do resíduo. Em seguida, foi caracterizado química e fisicamente e estudado na pasta cimentícia, na argamassa e no concreto. Nas pastas, avaliou-se o teor de hidróxido de cálcio aos 28 dias de cura por meio de análises térmicas. Nas argamassas, realizou-se um estudo de eficiência de misturas com 5%, 10%, 15%, 20% e 25% de RVM em substituição parcial ao cimento. Também foi determinada a capacidade de mitigação das expansões provocadas pelas reações álcalis-sílica (RAS) com teores de 10%, 15% e 20% de RVM. Utilizando-se a metodologia de dosagem Le et al. (2015) adaptada, foi possível produzir CAAD. No estado fluido foram realizados testes de resistência à segregação, fluidez, preenchimento, viscosidade e habilidade passante. No estado endurecido, foram conduzidos testes de resistência à tração por compressão diametral, resistência à compressão axial e absorção de água por imersão. Ficou evidenciado que, no estado fluido, todos os concretos desenvolvidos apresentaram espalhamento compatível com concretos autoadensáveis, sem evidência de segregação, podendo ser considerados adequados para a maioria das aplicações estruturais. No estado endurecido, dentre os teores estudados, concretos e argamassas contendo 15% de RVM apresentaram desempenho mecânico superior aos demais a partir dos 28 dias de cura submersa, tanto na compressão quanto na tração. Todos os concretos estudados apresentaram índice de desempenho superior a 75% a partir de 7 dias, o que classifica o RVM como um material pozolânico, de acordo com a ASTM C 618 e a EN 450-1. As argamassas estudadas também apresentaram comportamento semelhante, com exceção daquelas contendo 25% de RVM. Já em relação à durabilidade, conforme o aumento de teor de RVM em substituição ao cimento, observou-se diminuição das expansões provenientes das RAS, da absorção de água e índices de vazios. A substituição parcial do cimento por RVM pode ser uma alternativa de baixo impacto ambiental e economicamente viável na produção de CAAD. |