O aumento da utilização de materiais cimentícios e as consequências negativas que essa utilização provoca ao meio ambiente, faz com que haja grandes esforços no desenvolvimento de pequisas que buscam novos materiais, menos poluentes, com compacbilidade técnica e baixo custo. A presente pesquisa apresenta o
desenvolvimento e caracterização de argamassas geopoliméricas a base de metacaulinita avaliando a substituição em 25%, 50% e 100% do agregado miúdo por cinza de fundo proveniente de olariais locais e que é um subproduto inevitável e sem destinação sustentável. De forma a obter precursores mais puros, optou-se por produzir a metacaulinita manualmente, a argila caulinítica regional coletada foi calcinada na temperatura de 750 ºC durante 4 horas, utilizou-se sílica ativa, água deionizada e hidróxido de sódio como ativador alcalino. Utilizou-se técnicas de fluorescência e difração de raio x para a caracterização química e mineralógica da argila caulinitica e da metacaulinita e através do ensaio de resistência a compressão simples foi obtido o desempenho mecânico dos corpos de prova. Os resultados mecânicos chegaram a 45 MPA em 100% de substituição e também indicaram que proporções menores que 50% são inviáveis, pois reduzem a
resistência. Referente as propriedades físicas da mistura, os resultados mostram que as argamassas geopolimérica produzidas no presente trabalho se assemelham as argamassas geopoliméricas estudadas em outras pesquisas. Diante disso, conclui-se que a incorporacão de cinza de fundo para produção de argamassas geopoliméricas torna o material tecnicamente compatível com materiais cimentícios
convencionais.
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