A crescente expansão de áreas degradadas na Amazônia desestabiliza os serviços
ecossistêmicos, principalmente pela perda da biodiversidade. O solo representa um dos maiores
reservatórios da diversidade terrestre e desta forma está associado a inúmeros serviços
ecossistêmicos. Um dos mecanismos para se prever os serviços ecossistêmicos do solo é através
de indicadores de qualidade do solo, mensurando a qualidade física, fertilidade e macrofauna
do solo. Parâmetros que evidenciam a sustentabilidade de um ecossistema natural ou
antropogênico e consequentemente às mudanças no sistema de uso da terra. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a influência do sistema de uso da terra no reestabelecimento da macrofauna
edáfica e dos atributos físico-químico do solo. Localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke,
foram amostrados uma floresta primária, um plantio abandonado de andiroba (Carapa
guianensis) de aproximadamente 50 anos e uma área degradada com histórico de implantação
semelhante ao plantio. As coletas dos macroinvertebrados foram por protocolos padronizados
(TSBF). Amostras indeformadas e compostas foram realizadas paras determinar os atributos
físicos e químicos do solo, respectivamente. Os dados foram analisados por análise de variância
(ANOVA) e análise de coordenadas principais (PCoA). Não foi constatado diferença no aporte
da serrapilheira entre a floresta e o plantio. O Al3+, Ca2+, Fe, Zn, Pdisp, densidade do solo e
acidez potencial são os principais atributos físico-químico do solo que representam às mudanças
do uso da terra. Dentre estas variáveis, a acidez potencial pode ser associada a distribuição da
macrofauna edáfica. A dominância arbórea de Carapa guianensis induziu variações na riqueza,
diversidade, equitabilidade e composição da biomassa da macrofauna da serrapilheira. O
reestabelecimento da vegetação, mesmo que com a dominância de uma espécie arbórea,
restaura e conserva a assembleia da macrofauna (exclusivamente) do solo.
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