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Dissertação
Avaliação etiológica de enterobactérias em pacientes soropositivos (HIV) e marcadores inflamatórios para disbiose intestinal e translocação microbiana
Introdução: Mesmo a diarreia sendo considerada uma das principais causas de mortalidade em pacientes com HIV, nosso estudo demonstrou um perfil diferente, apresentando altas incidências de constipação intestinal. A alta frequência de bactérias entéricas com potencial patogênico e a presença do ma...
Autor principal: | Silva, Danielle Furtado da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1914317318735427 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7161 |
Resumo: |
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Introdução: Mesmo a diarreia sendo considerada uma das principais causas de mortalidade
em pacientes com HIV, nosso estudo demonstrou um perfil diferente, apresentando altas
incidências de constipação intestinal. A alta frequência de bactérias entéricas com potencial
patogênico e a presença do marcador inflamatório sCD14 nestes individuos, demonstrou um
possível processo de translocação microbiana e disbiose, sendo este cenário responsável por
promover um estado de inflamação constante, o que induz a rápida progressão clinica da
AIDS. Portanto, neste estudo procuramos verificar a ocorrência de co-infecções bacterianas,
com potencial patogênico, e avaliar marcadores imunológicos de inflamação como preditores
de translocação microbiana e ativação crônica, em pacientes com HIV/AIDS em Manaus.
Metodologia e Resultados: Foram avaliados 52 pacientes com HIV, cadastrados na
Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado, distribuídos quanto sua carga viral
(</ou> 500 cópias de RNA e </ou> 200 CD4+ mm3). Para a identificação dos agentes
etiológicos associados à diarreia foi realizado o isolamento por metodologia clássica, onde
constatamos uma frequência de (38,46%) de Escherichia coli, seguido de Klebsiella spp. e
Pseudomonas spp. (15,38%) respectivamente e em menor frequência Salmonella (3,84%) e
Shigella (1,92%). Os isolados de Escherihia coli e Klebsiella, foram submetidos a técnica de
PCR para verificação dos genes de virulência e resistência sendo obtidas amplificações para
os genes eae, uidA, ast1 e dAAe (E.coli) e Kvar, blaCTX-M, blaKPC, blaVIM e blaIMP
(Klebsiella spp). A avaliação de resistência a antimicrobianos foi realizada por teste de
difusão em disco, onde foi observado que a maioria dos isolados testados foram resistentes ao
antimicrobianos da classe das Cefalosporinas, o ensaio celular para a verificação dos
fenótipos de adesão em Eschrichia coli detectou maior frequência de adesão difusa (55%)
seguido de um fenótipo de adesão atípica (20%), para os isolado de Klebsiella spp. verificouse
maior frequência de adesão agregativa (12,5%), ensaio de biofilme constatou que os
isolados de Klebsiella spp e Pseudomonas spp. apresentavam potencial alto para produção do
mesmo. A inflamação crônica foi avaliada pela dosagem de citocinas por citometria de fluxo
onde foram observadas diferenças significativas entre os níveis de TNFα quando comparados
os grupos entre si, com destaque para o grupo 1 e 3 (p= 0.001). A avaliação da translocação
de produtos microbianos pela busca do marcador CD14 solúvel plasmáticos de ELISA
demonstrou diferenças significativas em todos os grupos avaliados quando comparados aos
contoles Grupo 1: 4953±4570; Grupo2: 582±1983; Grupo 3: 3396±4240; Grupo 4:
3769±4752. Conclusão: Por fim, a presença de patógenos bacterianos na flora de pessoas
com HIV bem como a presença de marcadores de inflamação plasmáticos, podem indicar
fatores de piora do quadro geral de saúde, bem como a cronicidade de estados inflamatórios. |