Dissertação

Influência do gradiente climático na riqueza de espécies e número de modos reprodutivos de anuros amazônicos

Analisar como as relações entre a riqueza de espécies e os traços da biologia dos organismos variam em função de gradientes ambientais é fundamental na compreensão de padrões e mecanismos associados à variação biogeográfica. Essas avaliações são particularmente interessantes quando considerados dife...

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Autor principal: Pereira, Afonso José Cruz Gonçalves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6694519582582255
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 2019
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7297
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spelling oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-72972019-08-08T05:03:47Z Influência do gradiente climático na riqueza de espécies e número de modos reprodutivos de anuros amazônicos Pereira, Afonso José Cruz Gonçalves Menin, Marcelo http://lattes.cnpq.br/6694519582582255 http://lattes.cnpq.br/3661952638867868 Silva Junior, Miquéias Ferrão da http://lattes.cnpq.br/5370319983922485 Borges, Sérgio Henrique http://lattes.cnpq.br/7481940705014110 Anuros - Reprodução - Amazônia CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ZOOLOGIA Anfíbios Planícies amazônicas Reprodução Biodiversidade Diversidade de anuros Analisar como as relações entre a riqueza de espécies e os traços da biologia dos organismos variam em função de gradientes ambientais é fundamental na compreensão de padrões e mecanismos associados à variação biogeográfica. Essas avaliações são particularmente interessantes quando considerados diferentes componentes da história de vida desses organismos. Aqui, nós avaliamos a relação entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos de anfíbios anuros em um gradiente longitudinal na Amazônia. Além disso, nós acessamos também essa relação entre grupos de espécies com diferentes modos reprodutivos, e testamos o efeito de variáveis climáticas sobre essas relações. Para isso, nós utilizamos de registros da literatura e de dados inéditos de 18 sítios de amostragem localizados entre o Norte do estado do Pará e o extremo Oeste do estado do Amazonas, no Brasil, compreendendo um gradiente de pouco mais de 1.800 km. Ao todo, nós analisamos 186 espécies, com um total de 17 modos reprodutivos. Essas espécies foram separadas em três categorias de acordo com os modos reprodutivos: aquáticos, semiterrestres e terrestres. Nós utilizamos Modelos Lineares não Generalizados para avaliar o grau de inclinação de retas de Regressões Lineares para a estimar relação entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos em função do gradiente longitudinal. Da mesma forma, também foi avaliada a relação sob o efeito da precipitação total e temperatura média anuais. As comparações foram feitas conjuntamente e individualmente entre os três grupos de modos reprodutivos. Não encontramos relação concordante entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos ao longo do gradiente longitudinal, bem como considerando os diferentes grupos de modos reprodutivos. Em ambos os casos, o incremento de espécies não foi acompanhado pelo número de modos. A precipitação anual esteve relacionada com a variação na riqueza de espécies conjuntamente, e entre os grupos de modos reprodutivos. Já a temperatura média só esteve relacionada (negativamente) para a relação entre as espécies com modos reprodutivos semiterrestres. Embora não tenhamos encontrado relação concordante entre riqueza de espécies e número de modos reprodutivos, nossos resultados reforçam a variação longitudinal das assembleias locais de anuros na Amazônia. Sustentamos aqui a tendência no aumento da riqueza de espécies de anuros em direção a porção Oeste da Amazônia. Além disso, evidenciamos a importância das chuvas na estruturação das assembleias de anuros nas planícies amazônicas, e uma maior sensibilidade de espécies com modos semiterrestres à variação na temperatura. Novas abordagens que considerem maior espacialização longitudinal na Amazônia são fundamentais para compreensão futura dessa relação, bem como abordagens diferenciais que considerem e minimizem os efeitos na diferença de delineamento e amostragem. Analyze how the relationships between species richness and traits of organisms’ biology vary according to environmental gradients is fundamental in the understanding of patterns and mechanisms associated with biogeographical variation. These evaluations are particularly interesting when considered as different components of the life history of these organisms. Here, we evaluate the relationship between species richness and the number of reproductive modes of anuran amphibians in a longitudinal gradient in the Amazon. In addition, we also access this relationship among groups of species with different reproductive modes, and we test the effect of climatic variables on these relationships. For this, we used literature records and unpublished data from 18 sampling sites located between the north of the state of Pará and the west of the state of Amazonas, Brazil, comprising a gradient of just over 1,800 km. In all, we analyzed 186 species, with a total of 17 reproductive modes. These species were separated into three categories according to the reproductive modes: aquatic, semi-terrestrial and terrestrial. We used Non-Generalized Linear Models to evaluate the degree of slope of Linear Regression lines for the relationship between species richness and the number of reproductive modes as a function of the longitudinal gradient. Likewise, the relationship under the effect of total annual precipitation and mean temperature was also evaluated. The comparisons were made jointly and individually among the three groups of reproductive modes. We found no concordant relationship between species richness and number of reproductive modes along the longitudinal gradient, as well as considering the different groups of reproductive modes. In both cases, the increment of species was not accompanied by the number of modes. Annual precipitation was related to variation in species richness together, and between groups of reproductive modes. The mean temperature was only (negatively) related to the relation between the species with semiterrestrial reproductive modes. Although we did not find a concordant relationship between species richness and number of reproductive modes, our results reinforce the longitudinal variation of the local anuran assemblages in the Amazon. We sustain here the tendency in the increase of the wealth of anurans species towards the West portion of the Amazon. In addition, we highlight the importance of rainfall in the structure of the anuran assemblages in the Amazonian plains, and an assumed higher sensitivity of species with semiterrestrial modes to temperature variation. New approaches that consider greater longitudinal spatialization in the Amazon are fundamental for future understanding of this relationship, as well as differential approaches that consider and minimize the effects on design difference and sampling. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 2019-08-07T15:33:16Z 2019-05-07 Dissertação PEREIRA, Afonso José Cruz Gonçalves. Influência do gradiente climático na riqueza de espécies e número de modos reprodutivos de anuros amazônicos. 2019. 97 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Universidade Federal do Amazonas - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, 2019. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7297 por Acesso Aberto application/pdf Universidade Federal do Amazonas - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM - INPA Programa de Pós-graduação em Zoologia
institution TEDE - Universidade Federal do Amazonas
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description Analisar como as relações entre a riqueza de espécies e os traços da biologia dos organismos variam em função de gradientes ambientais é fundamental na compreensão de padrões e mecanismos associados à variação biogeográfica. Essas avaliações são particularmente interessantes quando considerados diferentes componentes da história de vida desses organismos. Aqui, nós avaliamos a relação entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos de anfíbios anuros em um gradiente longitudinal na Amazônia. Além disso, nós acessamos também essa relação entre grupos de espécies com diferentes modos reprodutivos, e testamos o efeito de variáveis climáticas sobre essas relações. Para isso, nós utilizamos de registros da literatura e de dados inéditos de 18 sítios de amostragem localizados entre o Norte do estado do Pará e o extremo Oeste do estado do Amazonas, no Brasil, compreendendo um gradiente de pouco mais de 1.800 km. Ao todo, nós analisamos 186 espécies, com um total de 17 modos reprodutivos. Essas espécies foram separadas em três categorias de acordo com os modos reprodutivos: aquáticos, semiterrestres e terrestres. Nós utilizamos Modelos Lineares não Generalizados para avaliar o grau de inclinação de retas de Regressões Lineares para a estimar relação entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos em função do gradiente longitudinal. Da mesma forma, também foi avaliada a relação sob o efeito da precipitação total e temperatura média anuais. As comparações foram feitas conjuntamente e individualmente entre os três grupos de modos reprodutivos. Não encontramos relação concordante entre a riqueza de espécies e o número de modos reprodutivos ao longo do gradiente longitudinal, bem como considerando os diferentes grupos de modos reprodutivos. Em ambos os casos, o incremento de espécies não foi acompanhado pelo número de modos. A precipitação anual esteve relacionada com a variação na riqueza de espécies conjuntamente, e entre os grupos de modos reprodutivos. Já a temperatura média só esteve relacionada (negativamente) para a relação entre as espécies com modos reprodutivos semiterrestres. Embora não tenhamos encontrado relação concordante entre riqueza de espécies e número de modos reprodutivos, nossos resultados reforçam a variação longitudinal das assembleias locais de anuros na Amazônia. Sustentamos aqui a tendência no aumento da riqueza de espécies de anuros em direção a porção Oeste da Amazônia. Além disso, evidenciamos a importância das chuvas na estruturação das assembleias de anuros nas planícies amazônicas, e uma maior sensibilidade de espécies com modos semiterrestres à variação na temperatura. Novas abordagens que considerem maior espacialização longitudinal na Amazônia são fundamentais para compreensão futura dessa relação, bem como abordagens diferenciais que considerem e minimizem os efeitos na diferença de delineamento e amostragem.
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