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Dissertação
Composição nutricional de frutos não convencionais da família Myrtaceae
A ocorrência de elevados índices de doenças crônicas como obesidade, gastrites, diabetes, decorrentes da má alimentação da população levou a busca por novos produtos alimentícios mais saudáveis. As frutas amazônicas se apresentam como uma potencial fonte de nutrientes essenciais e seu consumo pode r...
Autor principal: | Andrade, Jelmir Craveiro de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/6616344896259638 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7573 |
Resumo: |
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A ocorrência de elevados índices de doenças crônicas como obesidade, gastrites, diabetes, decorrentes da má alimentação da população levou a busca por novos produtos alimentícios mais saudáveis. As frutas amazônicas se apresentam como uma potencial fonte de nutrientes essenciais e seu consumo pode reduzir o risco de se adquirir doenças crônicas e degenerativas. Dentre a diversidade de espécies frutíferas amazônicas encontra-se a família Myrtaceae, que apresenta frutos exóticos cujas informações sobre o conteúdo mineral e nutricional são pouco conhecidas. Este trabalho divulgou os primeiros dados sobre o potencial nutritivo das espécies Myrcia egensis e Myrcia Fallax, bem como o conteúdo mineral detalhado das frações dos frutos de Eugenia stipitata, Eugenia uniflora e Syzygium cumini nos diferentes estágios de maturação. Os métodos utilizados foram baseados nos procedimentos estabelecidos pela AOAC (2016) e pelo Instituto Adolfo Lutz (2005). Os resultados mostraram-se satisfatórios, indicando que as partes tradicionalmente não comestíveis dos frutos de Myrtaceae possuem um valor calórico considerável, caracterizando-se como fontes de gorduras, proteínas e carboidratos, além da presença de minerais que são essenciais para a dieta humana. A casca de E. stipitata é rica em Bi, Cd, Al e Cu e a polpa possui uma elevada quantidade de gordura insaturada. A semente de E. uniflora possui excelentes quantidades de proteína, Cu e Mn. Enquanto que a S. cumini possui, além de proteínas, os minerais Mg e Cu. Os dados inéditos obtidos para os frutos de M. fallax e M. egensis revelaram o seu potencial nutritivo, sendo a polpa rica em proteína e fibra bruta, além de serem excelentes fontes de Na, K, Ca, Mg, Zn e Se. A análise estatística indicou que existe pouca influência do estágio de maturação na concentração dos nutrientes, ampliando a versatilidade dessas espécies para utilização na alimentação. Portanto, o presente estudo apresenta novas informações sobre a composição nutricional dos frutos de Myrtaceae, contribuindo para incentivar a utilização destes frutos como uma alternativa alimentar saudável, ou até mesmo para a fabricação de subprodutos alimentícios. Este pode ser um caminho para a melhoria da alimentação da população local e a popularização destes frutos amazônicos, e um ponto de partida para o aproveitamento das partes tradicionalmente não comestíveis em diversas finalidades econômicas e tecnológicas. |