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Tese
Obtenção de uma nova carboximidamida com propriedades antidiabéticas e anti-inflamatórias
O diabetes mellitus é alteração metabólica que envolve o metabolismo dos carboidratos, resultante da diminuição da resposta dos tecidos periféricos à insulina e aumento da glicemia, o que leva ao surgimento de complicações como nefropatia, neuropatia e retinopatia. Além disso, está associado à modif...
Autor principal: | Souza, Rodrigo Otávio Silva de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1621432100296368 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7592 |
Resumo: |
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O diabetes mellitus é alteração metabólica que envolve o metabolismo dos carboidratos, resultante da diminuição da resposta dos tecidos periféricos à insulina e aumento da glicemia, o que leva ao surgimento de complicações como nefropatia, neuropatia e retinopatia. Além disso, está associado à modificação da resposta imune, tendo como consequência, o aumento da produção de mediadores inflamatórios, desencadeando a
inflamação crônica. Os produtos naturais são fontes de novos fármacos antidiabéticos e anti-inflamatórios, assim sendo fundamentais para o desenvolvimento de protótipos que poderão servir como base para o desenvolvimento de medicamentos no futuro. O objetivo deste trabalho foi sintetizar um novo derivado a partir da reação entre a naringenina e a aminoguanidina e elucidar suas propriedades antidiabéticas e antiinflamatórias. A reação de condensação entre aminoguanidina e naringenina gerou um derivado caracterizado como uma hidrazina carboximidamina (DCHA), com um rendimento pós-reacional de 81%. O DCHA foi caracterizado quimicamente por meio de Espectrometria de massas, RMN e IV. O DCHA não apresentou toxicidade em fibroblastos murinos até a concentração de 50 ug/ml. O DCHA apresentou atividade
antioxidante superior a naringenina e apresentou inibição satisfatória da glicação, demonstrando elevado potencial antiglicação in vitro. Nos ensaios in silico, o DHCA apresentou afinidade pela iNOS, COX e PDE4, sugerindo assim que a molécula poderia apresentar atividades anti-inflamatória e hipoglicemiante. Nos ensaios de atividade antidiabética, o DCHA diminuiu os níveis de glicêmicos de camundongos diabéticos após 21 dias de tratamento via oral (30mg/kg), exercendo, portanto, um efeito hipoglicemiante. Nos ensaios de atividade anti-inflamatória, o DCHA apresentou significativa resposta anti-inflamatória, por suprimir a migração de leucócitos para a cavidade peritoneal em camundongos expostos ao LPS e tratados na dose de 1mg/kg,
por inibir a ativação de macrófagos in vitro e por reduzir o edema em modelo de artrite induzida por zimozan em camundongos quando tratados por via oral (5 mg/kg). Os resultados obtidos demonstram que foi possível obter uma nova entidade química a partir da reação da naringerina com a aminoguanidina com atividade antioxidante, hipoglicemiante e anti-inflamatória, a qual pode ser futuramente explorada no desenvolvimento de um protótipo para tratamento de doenças crônicas como o diabetes ou outros processos inflamatórios. |