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Dissertação
Força muscular respiratória e sua relação com o risco de disfagia em idosos pós-acidente vascular cerebral: estudo transversal
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dos principais causadores de incapacidade e mortalidade no mundo. Suas consequências funcionais são heterogêneas e vão além da deficiência/incapacidade/desvantagem para a realização das atividades instrumentais da vida diária. Na fase aguda, fra...
Autor principal: | Santos, Nádia Gomes Batista dos |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7841732763750455 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7688 |
Resumo: |
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Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dos principais causadores de
incapacidade e mortalidade no mundo. Suas consequências funcionais são heterogêneas e vão
além da deficiência/incapacidade/desvantagem para a realização das atividades instrumentais
da vida diária. Na fase aguda, fraqueza muscular, incluindo fraqueza da musculatura
respiratória, e disfagia, contribui para infecção pulmonar e morbimortalidade. Entretanto,
embora alguns estudos sobre a força muscular respiratória (FMR), importante marcador de
capacidade ventilatória e preditor de desempenho global, especialmente em indivíduos com
disfunções neurológicas, tenham sido conduzidos em indivíduos pós-AVC na fase aguda,
ainda pouco se sabe sobre tal variável na fase crônica e, muito menos, sua associação com o
risco de disfagia. Objetivo: Investigar a FMR e o risco de disfagia em idosos pós-AVC
isquêmico (AVCi) em fase crônica. Os desfechos primários de interesse foram a pressão
inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx). O desfecho secundário
foi o risco de disfagia e sua associação com a FMR. Método: Estudo transversal aprovado
pelo comitê de ética em pesquisa científica (CAAE 83573318.2.0000.5020 e parecer n
2.520.8810). A FMR foi mensurada pela manovacuometria e o risco de disfagia pelo Eating
Assessment Toll (EAT-10). Para mensurar o grau de incapacidade foi utilizada a medida de
independência funcional (MIF). Os dados foram analisados pelo programa Epi Info versão 7.2
para Windows e apresentados por meio de tabelas, com frequências absolutas simples e
relativas para os dados categóricos. Na análise dos dados quantitativos, quando rejeitada a
hipótese de normalidade por meio do teste de Shapiro-Wilk, foi calculada a mediana e os
quartis (Qi). Na análise dos dados categorizados foi aplicado o teste do qui-quadrado ou o
teste exato de Fisher. Na comparação das medianas foi calculado o teste de Mann-Whitney ou
Kruskal-Wallis. Para a análise da correlação entre a FMR e o risco de disfagia foi utilizado o
teste de Pearson. Foi considerado o nível de significância de 5%. Resultados: A FMR dos
idosos pós-AVCi em fase crônica foi menor do que a de seus controles pareados por sexo,
idade e índice de massa corporal (PImax p=0,002 e PEmax p<0,001) e a maioria deles
apresentou fraqueza muscular respiratória. O risco de desenvolver disfagia foi baixo nos
idosos pós-AVCi na fase crônica, entretanto, aumentou quando associado a fraqueza muscular
expiratória. A FMR dos idosos pós-AVCi na fase crônica, se correlacionou negativamente
com o risco de disfagia (PImáx r = -0,629; PEmáx r = -0,399). Conclusão: Mesmo na fase
crônica pós-AVCi, idosos apresentam fraqueza muscular respiratória e essa, aumenta a
probabilidade de disfagia. |