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Tese
As mulheres nas carreiras jurídicas no país dos bacharéis: avanços e desafios de advogadas e magistradas no Estado do Amazonas
Esta pesquisa foi pautada em uma reflexão teórico-metodológica interdisciplinar sobre gênero e profissão jurídica no Amazonas, em especial na cidade de Manaus-AM, ao tempo em que o curso de Direito se tornou o mais popular no Brasil, sendo as mulheres em maior número de matrículas e de concluinte...
Autor principal: | Paiva, Francélia de Jesus Uchôa |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5233259274449928 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7897 |
Resumo: |
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Esta pesquisa foi pautada em uma reflexão teórico-metodológica interdisciplinar sobre gênero
e profissão jurídica no Amazonas, em especial na cidade de Manaus-AM, ao tempo em que o
curso de Direito se tornou o mais popular no Brasil, sendo as mulheres em maior número de
matrículas e de concluintes. Elas avançam também em número de registro na OAB pelo Brasil
a fora, em todas as regiões. Esta fina sintonia entre o sistema educacional e o mundo do trabalho
nos guiou para a abordagem propositiva da pesquisa intitulada As Mulheres nas Carreiras
Jurídicas no País dos Bacharéis: avanços e desafios de advogadas e magistradas no estado do
Amazonas. Recorremos ao suporte analítico de Bonelli, Bourdieu, Foucault, Scott e no
pensamento complexo de Morin, dentre outros. O objetivo da pesquisa foi o de compreender
de que maneira a presença feminina nas carreiras jurídicas, com fulcro na advocacia e na
magistratura, promove influxos no seu profissionalismo e quais as repercussões de suas
atuações no plano familiar e no campo jurídico. O exercício da advocacia, carreira liberal
desempenhada na ótica privada, deve ter por esteio a confiança mútua entre o advogado (a) e a
clientela. A magistratura é carreira pública composta pelos membros do poder Judiciário, que
detém alto poder decisório. O recorte espacial se reporta particularmente sobre a cidade de
Manaus, onde advogadas e magistradas residem e exercem sua profissão; sem, contudo
deixarmos de envolver comentários sobre as dimensões nacionais e internacionais abarcando a
relação entre gênero e profissões jurídicas. Já o recorte temporal priorizou o exame
contemporâneo da participação feminina na advocacia, a partir da divulgação dos dados da
OAB nacional 2015 sobre o quantitativo por gênero inscrito em seu quadro; na magistratura, a
partir dos dados de 2014 do Conselho Nacional de Justiças e dos Tribunais Regionais. A tese
central consigna que, no exercício de sua profissão advogadas e juízas ainda deparam-se com
as descriminações de gênero, quanto ao tratamento machista por seus pares como resquícios do
sistema patriarcal, mesmo que o direito, hoje, não seja mais uma profissão predominantemente
só de homens. Tais profissões continuam particularmente masculinas, quando se constata que
a atuação dessas profissionais em áreas jurídicas que requerem menos improvisos de horários,
como por exemplo, Direito de Família, Direito do Trabalho, Direito do Consumidor, dentre
outros, permite à advogada conciliar sua agenda familiar com as transformações no mundo do
trabalho e na esfera produtiva que exigem da mulher uma multiplicidade de papéis sociais
diferenciados que suscitam técnicas e habilidades, valores e atitudes sociais. |