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Tese
A Amazônia na dinâmica curricular do bacharelado de Relações Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR)
O presente estudo insere-se na Linha de Pesquisa 3: Formação e Práxis do(a) Educador(a) Frente aos Desafios Amazônicos na medida em que discute, quais conteúdos a respeito da Amazônia estão presentes no currículo em Relações Internacionais, dessa forma pretende colaborar com a formação dos profes...
Autor principal: | Pereira, Jeffeson William |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5527755850643354, https://orcid.org/0000-0003-1664-9755 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8123 |
Resumo: |
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O presente estudo insere-se na Linha de Pesquisa 3: Formação e Práxis do(a) Educador(a)
Frente aos Desafios Amazônicos na medida em que discute, quais conteúdos a respeito da
Amazônia estão presentes no currículo em Relações Internacionais, dessa forma pretende
colaborar com a formação dos professores no ensino superior. O objetivo geral do estudo
consiste em analisar como a Amazônia é trabalhada na dinâmica curricular do bacharelado de
Relações Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), esse intento
desdobra-se nos seguintes objetivos específicos: 1). Averiguar os pressupostos da teoria
histórico-crítica no ensino superior e no currículo; 2). Conhecer as concepções de ensino
superior no mundo e no Brasil, bem como a inserção do curso de Relações Internacionais na
Amazônia; e 3). Elucidar a dinâmica curricular do curso de Relações Internacionais da UFRR,
por meio dos temas amazônicos presentes no ensino, na pesquisa e na extensão. Para tanto,
nosso aporte teórico-metodológico ancorou-se na teoria histórico-crítica e em sua consequente
teoria curricular, além dos estudos de formação em Relações Internacionais, bem como
autores que debatem a Amazônia brasileira. Em termos metodológicos recorremos a fontes
documentais e primárias analisadas por meio de forma qualitativa, dentre os documentos
analisados encontram-se as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Bacharelado de
Relações Internacionais, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRR e o
Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de RI da UFRR, além da extração de informações do site
do curso a respeito dos trabalhos monográficos e dos projetos de extensão vigentes; para a
coleta dos dados primários foram realizadas três entrevistas, sendo uma com o coordenador
do curso e duas com os docentes que já haviam ministrado disciplinas obrigatórias
diretamente relacionadas à Amazônia, também foi realizado um Grupo de Discussão com os
discentes finalistas de 2019. Dentre os resultados destacamos que o curso de Relações
Internacionais (RI) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), no âmbito do ensino,
realiza uma interlocução direta sobre Amazônia expressa em três disciplinas que abordam a
interação entre Amazônia e Relações Internacionais, bem como indiretamente esse conteúdo
também é trabalhado em outras disciplinas ao decorrer do curso. A partir dos trabalhos
monográficos defendidos, na esfera da pesquisa, sobressaem os temas de migração, refúgio e
deslocamento. Por sua vez, a maioria dos projetos de extensão relaciona-se à crise
humanitária decorrente da migração venezuelana. Conclui-se que a migração venezuelana
reorientou a dinâmica curricular e que apesar dos esforços individuais dos docentes do curso
no ensino, na pesquisa e na extensão, não existe um trabalho organizado coletivamente e
subsidiado em um diagnóstico prévio das necessidades locais a fim de priorizar os conteúdos
e as respostas à sociedade roraimense e amazônica. No entanto, gostaríamos de ressaltar que
tais dificuldades não dependem apenas da vontade política dos docentes e discentes em tornar
o curso de RI da UFRR um polo de referência no saber sobre a Amazônia brasileira no âmbito
da área de relações internacionais, existem dificuldades estruturais que a universidade pública
atravessa, seja pelas estratégias de deslegitimação social ou pela redução constante do
financiamento perpetrada pelo novo regime fiscal, aprovado em 2016. |