O processo de verticalização das cidades tem gênese a partir da urbanização associada à industrialização. Acontece em distintas cidades ao redor do globo, tendo características próprias a partir das diferentes regiões, concepções arquitetônicas e emprego de técnicas para a produção dos objetos geográficos. No Brasil, tem sua pulverização nas cidades associada principalmente ao uso habitacional pela classe média, que encontra nessa forma de habitação coletiva uma forma de permanecer perto do centro e das estruturas consolidadas a partir do processo de expansão das cidades brasileiras. Neste estudo, relacionam-se questões que tratam de analisar o processo de verticalização na cidade brasileira de Manaus a partir da ótica da geografia urbana e da produção do espaço urbano. De modo a lograr sucesso no que diz respeito à discussão, apresentam-se conceitos primordiais da geografia no primeiro capítulo, sendo estes a categoria analítica de espaço, a avaliação conceitual de “cidade” e “urbano” e algumas das práticas espaciais dos agentes produtores do espaço urbano. No segundo capítulo, há um enfoque na parte histórica de como se dá a urbanização brasileira de modo a se compreender quais os impactos do referido período nas cidades do país, gerando o espaço onde a verticalização veio a se materializar, além disso há uma apresentação a respeito de aspectos da questão habitacional no Brasil, uma vez que um dos objetivos da pesquisa está relacionado a compreensão do impacto do processo de verticalização na questão habitacional tanto nas cidades brasileiras de uma maneira geral, como em Manaus. O Terceiro capítulo versa a respeito do processo de verticalização em si, para isso, vem dividido em quatro partes: a primeira faz uma revisão de literatura a respeito do tema da verticalização, a segunda discute aspectos jurídicos da produção da cidade que podem influenciar ou influenciam diretamente no processo, a terceira parte discute o eixo de verticalização mais antigo e consolidado na cidade e a quarta parta trata das tipologias de produtos verticais em áreas de expansão da cidade (os “novos eixos”), denotando a ação do estado e de empreendedores imobiliários. Dessa forma, associa-se cada eixo de verticalização a um determinado período do crescimento e produção da cidade, chegando até o momento da coexistência entre o antigo e o novo.
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