O aço AISI 1020 é um dos mais utilizados na indústria para fabricação de máquinas e equipamentos. No entanto, este aço apresenta baixa resistência a corrosão em meio ácido. Os inibidores naturais não emitem componentes tóxicos ou nocivos ao meio ambiente, são renováveis, podem ter menor custo, além de garantir a sustentabilidade ambiental e a utilização de resíduos naturais. Estudos revelam que o Jucá (Caesalpinia férrea) encontrado na Amazônia possui excelente capacidade antioxidante. Para o estudo de inibidor verde de corrosão foi utilizado o extrato da casca do Jucá, em diferentes concentrações (0,1 a 2,0 g.L-1). As análises eletroquímicas foram realizadas em uma célula eletroquímica no qual o eletrodo de trabalho foi o aço AISI 1020. Medidas de Potencial de Circuito Aberto (Eca), Resistência à Polarização Linear (RPL) e de Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIE) foram realizadas. Os métodos eletroquímicos utilizados apresentam resultados próximos, para efeito de comparação. Os resultados comprovam que o extrato de Jucá atua como inibidor misto de corrosão em aços AISI 1020, onde a eficiência de inibição foi de 94,8% na concentração de 2,0 g.L-1. A adsorção foi descrita e caracterizada pela Isoterma de Adsorção de Langmuir e o valor de ΔGoads, que revelaram a ocorrência de adsorção por fisissorção. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia Eletrônica de Varredura com Canhão de Elétrons por Emissão de Campo (MEV-FEG) indicaram que a morfologia da superfície do substrato na presença do extrato de Jucá é composta por um filme compacto, uniforme e amorfo, após os ensaios eletroquímicos. A análise de UV-Vis confirma a redução de transferência de íons de ferro para a solução à medida que se aumenta a concentração do inibidor, comprovando a eficácia do inibidor.
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