/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Distribuição espacial da tuberculose no contexto socieconômico e operacional no Amazonas
Introdução: A tuberculose é um problema de saúde pública, o Brasil ainda se mantém entre um dos países com alta carga da doença no mundo, sendo o Amazonas o estado brasileiro com as maiores incidências de tuberculose no país. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e o contexto socioeconômico...
Autor principal: | Cunha, Linda Karolinne Rodrigues Almeida |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1751038660964282 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2021
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8313 |
Resumo: |
---|
Introdução: A tuberculose é um problema de saúde pública, o Brasil ainda se mantém entre
um dos países com alta carga da doença no mundo, sendo o Amazonas o estado brasileiro com
as maiores incidências de tuberculose no país. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e o
contexto socioeconômico e operacional da tuberculose no estadodo Amazonas, no período
janeiro de 2010 a dezembro de 2018. Métodos: Estudo ecológico, com abordagem quantitativa
de dados provindos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação concedidos pela
Fundação de Vigilância em Saúde do estado do Amazonas. Tendo por unidade de área os
municípios do estado do Amazonas. Foram feitos os cálculos das taxas de incidência bruta,
empírica bayesiana e Local (univariado e bivariado), e utilizados os softwares Microsoft Excel
2016 para armazenamentos e organização dos dados, GeoDa versão 1.8.12 para a estatística
espaciale QGIS 3.0 para elaboração dos mapas temáticos. Resultados: Foram registrados
24.523 casos novos de tuberculose no estado do Amazonas, no período de 2010-2018, com
média de 2.724 casos/ano e com taxa de incidência variando de 64,76/100 mil habitantes (2010)
para 79,06/ 100 mil habitantes (2018). Em relação a caracterização dos casos novos notificados
a maioria foram em indivíduos do sexo masculino (61,25%), com faixa etária entre 20-39 anos
(43,58%), tendo por escolaridade ensino fundamental incompleto (34,83%) e da raça/cor parda
(77,36%). Foi verificado a autocorrelação espacial positiva pelo índice de Moran global e local
das taxas de incidências encontrando valores estatisticamente significativos, houve associação
espacial local da incidência com os indicadores socioeconômicos da taxa de analfabetismo,
índice de Gini, percentual de moradores por dormitório maior que três, proporção de pobreza e
percentual de domicílios com saneamento inadequado, foram estatisticamente significativos.
Em relação aos indicadores operacionais para o controle da TB para o período foram
identificados municípios amazonenses que apresentam padrões insatisfatórios na proporção de
cura, sendo o município de Lábrea o único a atingir a meta de cura de 85% para os períodos que
foram analisados, o indicador de abandono mostrou municípios com altas taxas altas, Anamã
com 66,7% foi o município com a maior taxa de abandono de tratamento, registrado no período
de 2010-2012, Caapiranga teve abandono de 25% para o período de 2013-2015 e Manaquiri
com 43,8% para o período de 2016-2018; na testagem para HIV somente no período de 2016-
2018 é que os municípios de Amaturá,Apuí, Guajará e Itapiranga conseguiram atingir a meta
de testar todos os casos novos de TB para HIV. Conclusão: A TB no Amazonas ainda é um
fator preocupante, sendo dos principaisagravos à saúde estadual, o que reforça a necessidade de
políticas públicas adequadas para a realidade local de modo a suprimir o contexto atual. |