O material fibroso da Jacitara é amplamente conhecido nas comunidades indígenas do Amazonas por sua qualidade, este estudo inédito mostrou a potencialidade da Jacitara (Desmoncus polyacanthos Mart.) como matéria-prima para obtenção de nanoceluloses. Para obtenção desses nanocristais, inicialmente realizou-se um pré-tratamento químico com ácido-clorito, após essa etapa foi realizada hidrólise ácida (H2SO4) 55 % (m/m). Para a síntese das nanofibrilas de celulose, utilizou-se o método mecânico por meio do moinho desfibrilador Super Mass Colloider (Masuko). As amostras da Jacitara in natura, celulose e das nanoceluloses obtidas, foram caracterizadas pelas técnicas de microscopia eletrônica de varredura, difração de raios X (DRX), infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), análises termogravimétricas (TGA/DTG), difração a laser (LD), viscosidade e microscopia de força atômica. O índice de cristalinidade dos nanocristais e das nanofibrilas foi de 0,61 e 0,47, e a temperatura de início de decomposição térmica foi de 230 e 337° C, respectivamente. A análise referente a distribuição das partículas das nanofibrilas teve como ponto ótimo o ciclo 20 onde mediu-se 12,78% da distribuição com tamanho de partículas em torno de 1.650 – 3.110 nm. As imagens obtidas por microscopia de força atômica comprovam a síntese de nanocristais de celulose e nanofibrilas de celulose a partir da Jacitara.
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