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Tese
Estudo pré-clínico com complexos e nanopartículas metálicas para o tratamento da leishmaniose cutânea
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, que apresenta diferentes manifestações clínicas, sendo esta causada por protozoários do gênero Leishmania. Atualmente, o antimoniato de meglumina é o tratamento de primeira escolha no Brasil e o isetionato de pentamidina, anfotericina B e anfoter...
Autor principal: | Chagas, Ana Flávia da Silva |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9449105364154913 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8517 |
Resumo: |
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A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, que apresenta diferentes manifestações
clínicas, sendo esta causada por protozoários do gênero Leishmania. Atualmente, o
antimoniato de meglumina é o tratamento de primeira escolha no Brasil e o isetionato de
pentamidina, anfotericina B e anfotericina B lipossomal são os medicamentos de segunda
escolha. Devido à eficácia limitada e alta toxicidade desses fármacos há a necessidade de
estudos para o desenvolvimento de medicamentos que possuam maior eficácia e menor
toxicidade. Neste sentido, a química inorgânica medicinal vem despertando o interesse da
comunidade científica, dado os seus estudos com íons metálicos que tem apresentado
atividades terapêuticas promissoras. O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro e in
vivo a atividade antileishmania de complexos e nanopartículas metálicas. Deste modo, foram
realizadas avaliações in vitro da atividade antileishmania em formas promastigotas e
amastigotas, bem como a avaliação da citotoxicidade em macrófagos peritoneais murinos e
monócitos humanos. As substâncias que se apresentaram promissoras nos ensaios in vitro
foram selecionadas para os ensaios in vivo, tendo sido avaliada a atividade antileishmania do
complexo de cobre(I) e das nanopartículas de tântalo (NPsTa) em hamsters e camundongos
infectados com Leishmania spp., respectivamente. Os resultados obtidos demonstraram que
nos ensaios de citotoxicidade in vitro o complexo cobre(I) e os complexos de paládio(II)
apresentaram citotoxicidade moderada com viabilidade celular média de 80% e 60%,
respectivamente; enquanto que as nanopartículas de tântalo (NPsTa) e nanopartículas de
bismuto (NPsBi) não apresentaram citotoxicidade, com viabilidade celular de 94% e 90%,
respectivamente. O complexo de cobre(I) apresentou melhor eficácia em promastigotas (CI50
0,071 mM) e amastigotas [redução de 75% da taxa de infecção (TI)] de L. (V.) braziliensis.
Os complexos de paládio(II) foram eficazes em inibir promastigotas (CI50 < 0,00037 mM) e
em formas amastigotas apresentaram redução de 20% da TI de L. (L.) amazonensis e L. (V.)
guyanensis. As NPsTa induziram a inibição parasitária das formas promastigota (CI50 3 μM) e
amastigotas (redução 50% da TI) de L. (V.) braziliensis. As NPsBi apresentaram melhor
eficácia na inibição de promastigotas (CI50 0,05 μM) e amastigotas (redução de 70% da taxa
de infecção) de L. (L.) amazonensis. Os ensaios in vivo foram realizados com o complexo de
cobre(I) e NPsTa e os dados gerais dos ensaios biológicos in vivo demonstraram que o
tratamento tópico com pomada contendo o complexo de cobre(I) mostraram baixa eficácia na
redução no volume do focinho de hamsters (redução < 18%) e o tratamento intralesional com
as NPsTa induziram um aumento significativo (aumento de 28%) no volume da pata dos
camundongos, com uma ação inflamatória exacerbada no local da aplicação das NPsTa.
Diante dos resultados obtidos, ficou evidente que as substâncias inorgânicas testadas
apresentaram atividade promissora in vitro, especialmente em formas promastigotas e com
citotoxicidade moderada ou mínima para macrófagos peritoneais murinos e monócitos
humanos. Nos ensaios in vivo o complexo de cobre(I) e as NPsTa não induziram cura clínica e
parasitológica nas concentrações, tempo e formulações testadas. |