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Dissertação
Produção e caracterização de cinzas pozolânicas a partir da biomassa da casca do coco verde
A indústria do cimento é responsável por grande parte das emissões de gases do efeito estufa, especialmente durante a produção de clínquer. Estudos realizados são unânimes ao relatar que a fabricação de cimento é responsável por cerca de 7% da emissão total de CO2 no mundo. Alicerçado a este fato, t...
Autor principal: | Oliveira, Mateus Ferreira de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7400275080422973, https://orcid.org/0000-0002-2617-4485 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2022
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8625 |
Resumo: |
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A indústria do cimento é responsável por grande parte das emissões de gases do efeito estufa, especialmente durante a produção de clínquer. Estudos realizados são unânimes ao relatar que a fabricação de cimento é responsável por cerca de 7% da emissão total de CO2 no mundo. Alicerçado a este fato, tem-se a contínua expansão da construção civil, com o consumo de insumos não renováveis, como os utilizados na produção concreto. Por conta destes fatores, o programa experimental presente neste trabalho objetivou estudar a viabilidade da produção de cinza pozolânica a partir da queima da biomassa da casca do coco verde. A proposição desta pesquisa deu-se pelo fato do Brasil ser o quinto maior produtor mundial de coco e enfrentar problemas de descarte desse resíduo agroindustrial, causando acúmulo nos aterros, somado a isto, tem-se ainda os impactos ambientais provocados pela fabricação do cimento Portland. O programa experimental iniciou-se com a coleta do resíduo do coco verde, seguido da secagem da matéria-prima, moagem e beneficiamento químico da biomassa do coco verde para a produção de cinzas tratadas e não tratadas quimicamente, a 600 °C, 700 °C e 800 °C. As cinzas foram caracterizadas por granulometria a laser, fluorescência de raios-X, difração de raios-X, condutividade elétrica, índice de atividade pozolânica Chapelle e área de superfície BET para análise das temperaturas onde as cinzas apresentassem reatividade. Os resultados mostraram que as cinzas sem tratamento químico possuíam metais alcalinos indesejáveis para a utilização destas como pozolanas. Por outro lado, as cinzas produzidas após o tratamento químico do coco exibiram somatório de SiO2, Fe2O3 e Al2O3 maiores que 50%, além de perda ao fogo menor que 6%, classificando-as como pozolânicas conforme a NBR 12653 (ABNT, 2014), exceto pelo teor de SO3, o qual foi 2,5% maior. Ao analisar os dados de índice de atividade pozolânica mensurados pela condutividade elétrica e por Chapelle modificado, obtiveram-se resultados de até 0,945 mS/cm e 1263,09 mg Ca(OH)2, respectivamente. Tais valores demonstram que o material possui atividade pozolânica, de acordo com a classificação de Luxán et al. (1989) e Raverdy et al. (1980). Por fim, os resultados de caracterização da cinza lixiviada revelaram que há a viabilidade da cinza da casca do coco verde como adição mineral à pasta cimentícia, uma vez que ela possui composição química, perda ao fogo e índice de atividade pozolânica Chapelle interessantes à aplicação desta como pozolana. |