Este estudo trata das greves gerais no setor metalúrgico em Manaus no período de 1985- 1986, enfatizando as lutas cotidianas e as condições de trabalho no chão das fábricas do Distrito Industrial. Diante disso, são analisadas as etapas na formação básica que introduziu a categoria no movimento sindical amazonense, ressaltando a importância da Pastoral Operária e da Federação de Ordens para a Assistência Social e Educacional (FASE). Desta forma, são explorados o processo organizativo em torno do Sindicato dos Metalúrgico na expansão de núcleos e grupos formados dentro das empresas. Inseridos neste contexto de reorganização sindical, são analisadas as relações de conflitos entre patrões e empregados junto à Justiça do Trabalho, sobretudo, no plano das organizações coletivas e atuação da categoria metalúrgica durante as greves. A partir deste enfoque também são discutidas a participação da mulher operária na esfera grevista e sindical no Distrito, possibilitando o debate de temas como o direito reprodutivo, divisão sexual do trabalho e política sexista. Neste sentido, concentramo-nos no processo de organização e mobilização dos metalúrgicos em torno das greves e de sua relevância para o movimento operário amazonense.
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