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Dissertação
Maternagem e violência em Olhos d'água, de Conceição Evaristo
A violência e a maternagem são umas das principais temáticas propostas na antologia de contos Olhos d’Água (2016), da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo. Esta pesquisa tem como objetivo identificar as várias formas de violência contra a mulher negra e pobre, bem como o olhar sobre a matern...
Autor principal: | Moreira, Edzélia da Silva |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7069310922151165 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2022
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8983 |
Resumo: |
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A violência e a maternagem são umas das principais temáticas propostas na antologia de contos Olhos d’Água (2016), da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo. Esta pesquisa tem como objetivo identificar as várias formas de violência contra a mulher negra e pobre, bem como o olhar sobre a maternagem em seis contos da coletânea: “Ana Davenga”, “Duzu Que-rença”, “Maria”, “Quantos filhos Natalina teve?”, “Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos” e “Di lixão”. A análise dos contos discute a violência e a maternagem: a primeira, como meca-nismo de dominação e estratégia de sobrevivência, e a segunda, como rompimento do discurso arquetípico que fomenta a imagem da “boa mãe”. A hipótese interpretativa tem com base a perspectiva de Conceição Evaristo, escritora negra que conseguiu, em Olhos d’Água, lançar mão da escrita para dar voz a mulheres negras subalternizadas. A escritora, além de romper com o silêncio por meio da linguagem, denuncia através da escrita o apagamento da narrativa daqueles que por longo tempo foram excluídos na sociedade. Para a fundamentação dessa hipótese, recorreremos à base teórica que versa sobre a forte influência da ordem patriarcal: Gayatri Spivak (2010), Grada Kilomba (2019), Bell Hooks (2014), Angela Davis (2016), Dja-mila Ribeiro (2019), Sueli Carneiro (2020), Lélia Gonzalez (2018), entre outras. Sobre a condi-ção feminina, a maternagem da mulher negra e a violência simbólica, tomamos como base os estudos de Mary Del Priore (2004), Cristina Maria Teixeira Stevens (2007), Patricia Hill Col-lins (2019) e Pierre Bordieu (2014). E quanto aos conceitos de violência urbana, embasamo-nos nas pesquisas de Rubem George Oliven (2010) e Jean Claude Chesnais (1999). |