A região da Amazônia Colombiana possui uma lacuna de informações de cunho geocientífico, especialmente na Bacia Vaupés-Amazonas, que tem sido pouco explorada geologicamente devido a sua densa cobertura vegetal, difícil localização e poucos afloramentos expostos. Em estudos recentes, foram levantados dados que contribuem significativamente para o conhecimento da geometria e disposição tridimensional das camadas de rocha localizadas em profundidade, bem como as feições lineares registradas em superfície. A disponibilidade de dados de superfície e de subsuperfície e a sua integração possibilitam a análises de estruturas geomorfológicas ainda não descritas no interior da Bacia Vaupés-Amazonas. Diante disso, visando o uso de dados de subsuperfície, tais como seções sísmicas, perfilagem de poços e dados aeromagnéticos, e dados de superfície, como imagens de radar, disponíveis dessa área, foi elaborado a proposta desse estudo para a geração de um modelo geológico em profundidade, com a identificação de padrões de feições lineares em superfície. As evidências geomorfológicas e tectono-estratigráficas da área, em profundidade, foram obtidas a partir da avaliação sismoestrutural e sismoestratigráfica, enquanto o mapeamento dos lineamentos, bem como a identificação dos seus padrões foram obtidos a partir dos dados de radar do sensor Sentinel e dados aeromagnéticos. Com base nos dados interpretados, foi sugerido a ocorrência de feições associadas a paleocânions e vales, oriundos da reativação de estruturas rúpteis preexistentes no embasamento Pré-cambriano. São evidenciados rochas do pré-cambriano até o recente, bem como registro de erosão e adelgaçamento e sedimentação resultante da acresção lateral, influenciados por processos de subsidência e isostasia. Tais evidências podem ser relacionadas com a evolução do Alto do Vaupés e a formação do Gráben Apaporis, que ocorre devido no paleozoico inferior oriundos do falhamentos que foram reativados, a partir de episódios tectono-estratigráficos associados.
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