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Dissertação
Escrevivências de corpos racializados com a assistência médica em Careiro/AM e Manaus/AM
Esta dissertação apresenta meus esforços teórico-metodológicos ao escrever sobre uma experiência radicalmente próxima e atravessada pela dor da ausência: o luto. Uma escrita localizada no meu cotidiano, unida a reflexões decoloniais e interseccionais a respeito de mulheres negras e racializadas....
Autor principal: | Queiroz, Rafaele Cristina de Souza |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9582737100392576 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9753 |
Resumo: |
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Esta dissertação apresenta meus esforços teórico-metodológicos ao escrever sobre uma
experiência radicalmente próxima e atravessada pela dor da ausência: o luto. Uma escrita
localizada no meu cotidiano, unida a reflexões decoloniais e interseccionais a respeito de
mulheres negras e racializadas. Utilizei a escrevivência como prática da escrita de nós, mulheres
negras e racializadas, para descrever como experimentamos a assistência médica nos
municípios amazonenses do Careiro e Manaus. Mobilizei a autoetnografia evocativa como
meio para me perceber em campo. Assim, esta dissertação é uma bricolagem de operadores
teóricos e metodológicos: a escrevivência (Evaristo, 2005; 2020); a autoetnografia (Anderson
e Glass-Coffin, 2013; Ellis et al, 2010; Adams et al., 2017; Versiani, 2005); a autoetnografia
evocativa (Bochner e Ellis, 2016); e, por fim, a percepção de ser afetada/atravessada por minhas
vulnerabilidades enquanto pesquisadora/antropóloga: a antropologia de coração partido (Behar,
1996). Em minhas bases argumentativas sigo também os aportes teóricos do conhecimento
situado e dos saberes localizados (Haraway, 1995); da interseccionalidade (Collins, 2022);
sobre mulheres negras e racializadas (hooks, 1981; Gonzales, 1984; Vergés, 2017); e da escrita
acadêmica feminista negra (hooks, 2017; 2020; Kilomba, 2010; 2016). A autoetnografia vem
acompanhada de desenho, poemas, pensamentos anotados no diário pessoal e no caderno de
campo que me deram suporte durante a escrita, mas não somente. Sigo alguns aspectos tratados
por Ellis (2015), como a experiência pessoal no campo, que na escrevivência estão em primeiro
plano. Apresento aspectos reflexivos e as minhas emocionalidades junto aos sentidos; trago
informações e histórias de vidas únicas, mas que remetem a uma problemática social que atinge
os corpos de mulheres amazonenses negras e racializadas em suas experiências com a
assistência médica do Sistema Único de Saúde no Amazonas. Apontamentos críticos a respeito
de como o racismo construiu o mito de corpos negros mais resistentes e, por fim, recorro a
intelectuais negras para estabelecer conexões com a realidade por mim apresentada nas idas e
vindas do Distrito do Purupuru (no Careiro) a Manaus junto às minhas semelhantes. |