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Floresta estadual de rendimento sustentado rio madeira “B”: as ocupações humanas e a sustentabilidade do território
O processo de colonização de Rondônia foi traçado à custa da conversão de seus recursos florestais em áreas agricultáveis, com a perda de 40% de sua cobertura vegetal nos últimos 30 anos. As diversas migrações ocorridas para e entre os seus municípios impuseram um ritmo de crescimento populacional à...
Autor principal: | Fernandes, Moisés Vieira |
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Outros Autores: | Simão, Flavio Batista |
Publicado em: |
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2027 |
Resumo: |
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O processo de colonização de Rondônia foi traçado à custa da conversão de seus
recursos florestais em áreas agricultáveis, com a perda de 40% de sua cobertura vegetal nos
últimos 30 anos. As diversas migrações ocorridas para e entre os seus municípios impuseram
um ritmo de crescimento populacional à região, para o qual as cidades não foram preparadas.
A partir da década de 1990, o Governo de Rondônia inicia um processo de criação de
Unidades de Conservação como uma resposta aos investimentos aplicados com recursos
externos, investidos para a construção de infraestrutura básica, na forma, principalmente, de
estradas e eixos de acesso. A criação, em 1996 da Floresta Estadual de Rendimento
Sustentado Rio Madeira "B", às margens da BR 319, como uma das Unidades instituídas
como parte dessa estratégia governamental para conter o avanço do desmatamento na região,
e, apesar de conhecidas às dinâmicas populacionais existentes em seu território, estas não
foram levadas em consideração. Com a aplicação de métodos de análises estatísticas
multivariadas, sobre as diversas variáveis encontradas na área, foi realizada uma comparação
das condições de moradia e de seu modo de vida, com o status quo anterior, como forma de
avaliar os processos de ocupação humana na área. Os resultados encontrados apontam para
uma melhora significativa em sua condição de vida, excetuando-se, apenas, pela má qualidade
das estradas e pela instabilidade fundiária. Para a avaliação das alterações nas paisagens
locais, foram comparadas imagens orbitais georreferenciadas, tanto na data de criação da
Unidade como em data recente, assim como a análise dos índices oficiais de desmatamento
para o Estado de Rondônia, Porto Velho e a FERS Rio Madeira "B". Os índices de
desmatamento dessa Unidade de Conservação, que acompanhou inicialmente o mesmo ritmo
encontrado para as demais Unidades da mesma categoria, apresentando, porém uma redução
significativa no incremento do desmatamento nos últimos quatro anos. As características de
seu meio físico e a qualidade de seus recursos florestais foram analisadas com o intuito de se
verificar se atendem ao propósito de sua criação, o da exploração sustentável desses recursos.
Os dados encontrados não indicam esse caminho. |