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Relatório de Pesquisa
Transesterificação de óleo de inajá utilizando catalisador heterogêneo ácido
O uso de óleos vegetais como substituto do óleo diesel tem despertado grande interesse nos setores produtivo e acadêmico-científico, sendo o processo de transesterificação a rota tecnológica predominante para a produção do biodiesel derivado de óleo vegetal. Na transesterificação, a presença de um c...
Autor principal: | Cristiane Mota dos Santos |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1441 |
Resumo: |
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O uso de óleos vegetais como substituto do óleo diesel tem despertado grande interesse nos setores produtivo e acadêmico-científico, sendo o processo de transesterificação a rota tecnológica predominante para a produção do biodiesel derivado de óleo vegetal. Na transesterificação, a presença de um catalisador acelera a conversão do óleo vegetal em biodiesel e ainda contribui aumentando o seu rendimento, sendo que esta reação pode ser conduzida tanto com catalisador homogêneo quanto heterogêneo, sendo eles ácidos ou básicos. O emprego de catalisadores heterogênenos minimiza os custos de separação e purificação, trazendo maior atratividade a esse processo. Em princípio, o uso de um catalisador contendo Nb2O5 suportado em cinza de casca de arroz cristalina pode ser uma solução para a disposição final de resíduos, como a casca (CA) e a cinza da casca do arroz (CCA) que a indústria de arroz enfrenta. Do mesmo modo, a importância do Nb2O5 em catálise decorre de sua alta atividade e tolerância à água, sendo utilizado como catalisador sólido, promotor, suporte, catalisador ácido e material redox.
A espécie oleaginosa Inajá Maximiliana maripa (Aublet) Drude, também conhecida como anajá, têm se destacado pelo seu valor econômico, ecológico, ornamental e alimentar, sendo cultivada desde o norte da América do Sul até o Brasil Central. Suas amêndoas fornecem até 60% de óleo semelhante ao de babaçu, tanto na qualidade quanto na utilização. Contudo o potencial do Inajá continua inexplorado, sendo possível o aproveitamento econômico para produção de biodiesel. Estudos recentes com o óleo de inajá extraído do fruto de palmeiras da Amazônia Ocidental, desenvolvidos pelo LAPEC (Grupo de Pesquisa do Laboratório de Pesquisa e Ensaios de Combustíveis - UFAM) apontam um índice de acidez do óleo vegetal in natura com elevada concentração de ácidos graxos livres. Por outro lado, os testes preliminares para a obtenção de biodiesel de Inajá realizados através da rota de transesterificação metílica e etílica, aplicando como catalisador o ácido sulfúrico, revelaram que a catalise ácida foi mais efetiva para a produção de biodiesel etanólico, colaborando, do mesmo modo, com os resultados de alto indice de acidez desse óleo. Nesse sentido, a reação de transesterificação utilizando catalisador homogêneo básico torna-se inviável, sendo necessário o uso de catalisadores heterogêneos ácidos que promovam simultaneamente reações de alcóolise de triglicerídeos e de esterificação dos ácidos graxos livres. Dessa forma, o presente trabalho propõe o uso de um catalisador heterogêneo à base de sílica amorfa, presente na cinza de casca de arroz, para promover a conversão do óleo vegetal de inajá em biodiesel via reação de transesterificação. |