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Relatório de Pesquisa
Quo Vadis: a trajetória de um jornal de oposição (1902-1904)
Nos últimos anos os estudos de História da Imprensa desenvolveram-se acentuadamente no Brasil, gerando gama variada de produção acadêmica (teses, dissertações, livros e artigos), boa parte dela associada à relativamente recente valorização do campo cultural na abordagem historiográfica. No Amazonas...
Autor principal: | Ivana Luisa de Souza Gomes |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1539 |
Resumo: |
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Nos últimos anos os estudos de História da Imprensa desenvolveram-se acentuadamente no Brasil, gerando gama variada de produção acadêmica (teses, dissertações, livros e artigos), boa parte dela associada à relativamente recente valorização do campo cultural na abordagem historiográfica. No Amazonas fez-se presente a tentativa de ampliação dos estudos cujo foco voltava-se para a consolidação de uma História da Imprensa do Amazonas. Nessa iniciativa tem se desenvolvido o estímulo à formatação estudos monográficos que contribuíssem para inventariar a produção periódica amazonense, explorando as características específicas apresentadas pela rica e diversificada produção de jornais e revistas, notadamente durante o período do chamado "Ciclo da Borracha". O inventário das pautas jornalísticas expressas por diversas folhas, permitia externar projetos e propostas de intervenção social que, de forma explícita ou não, eram assumidos no universo jornalístico do período. O projeto em tela busca contribuir para essa compreensão, inventariando e analisando a trajetória de um jornal emblemático na História da Imprensa em nosso Estado, o "Quo Vadis". O jornal circulou em Manaus entre os anos de 1902 e 1904, chegando a tirar mais de cento e sessenta números. O Quo Vadis apresentava-se como "órgão dos interesses populares" e em sua curta trajetória, envolveu-se nas contendas políticas daquele período inicial da República. Rapidamente Quo Vadis passou a assumir a crítica à oligarquia no poder e a sofres retaliações. A historiografia regional, embora pouco tenha se debruçado sobre a História da Imprensa em nosso Estado, registrou essa dimensão, apresentando o jornal como aguerrido órgão de oposição e registrando a truculência com que seus editores foram perseguidos e o jornal incendiado e empastelado pelo Governo do Estado. É, sobretudo, por reconhecer o mérito daquela participação e os dilemas que o jornal teve que enfrentar para difundir suas idéias e visões de mundo, que tentaremos contribuir nesse processo coletivo de compreensão da ambiência e dos limites da Imprensa e da cultura letrada no Amazonas. |