Relatório de Pesquisa

Jovens Baniwa do Rio Içana e suas fronteiras na cidade

O povo Baniwa habita área da bacia do rio Içana e seus afluentes, no Município de São Gabriel da Cachoeira, região conhecida como Alto Rio Negro, no noroeste do estado do Amazonas. No território brasileiro este povo conta com 4.650 indivíduos, distribuídos em 94 comunidades, localizadas principalmen...

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Autor principal: Sandra da Silva Sá
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1649
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spelling oai:localhost:prefix-16492025-03-10T20:02:06Z Jovens Baniwa do Rio Içana e suas fronteiras na cidade Sandra da Silva Sá Valéria Augusta Cerqueira de Medeiros Weigel Fabíola Rodrigues Costa Baniwa Educação na cidade Processos de educação CIÊNCIAS HUMANAS: EDUCAÇÃO O povo Baniwa habita área da bacia do rio Içana e seus afluentes, no Município de São Gabriel da Cachoeira, região conhecida como Alto Rio Negro, no noroeste do estado do Amazonas. No território brasileiro este povo conta com 4.650 indivíduos, distribuídos em 94 comunidades, localizadas principalmente ao longo dos rios Içana e Aiari, seu principal afluente (ISA/FOIRN, 1997). Este povo tem uma organização social baseada em grupos de parentesco consangüíneos denominados fratrias. Estas, por sua vez compreendem quatro a cinco subgrupos denominados de sibs, que são hierarquizados de acordo com a ordem de nascimento mítico na cachoeira de Hipana (no rio Aiari), considerada como o local de origem de todos os seres humanos. Cada fratria recebe a denominação de seu sib de maior importância ritual, havendo atualmente três fratrias: Hohodene, Dzawenai e Walipere Dakenai (WRIGHT, 1992). O povo Baniwa tem cerca de três séculos de contato com os não-índios. Como outros povos indígenas, sua história de contato é marcada por relações de conflito, sofrimentos e perdas, registrados e analisados por pesquisadores que estudam os processos socioculturais desta região (WRIGHT, 1987, 1988, 1989, 1992; HILL, 1993; OLIVEIRA, 1995, entre outros). Um estudo sobre a escola baniwa realizado por Weigel (2000) aponta indícios documentais a respeito de uma situação de significativo número de crianças e jovens baniwa retiradas, sistematicamente de suas comunidades, para estudar na cidade de Manaus. Um estudo posterior, empreendido para confirmar esta hipótese mostrou que, de fato, a vinda de crianças indígenas para a cidade se dá, entretanto, um grande número não veio para estudar e um significativo contingente nunca retornou para as comunidades, permanecendo na cidade (WEIGEL, 2006). Esta pesquisa se propõe analisar em documentos e registros históricos indicados na pesquisa acima referida as narrativas sobre a vinda dessas crianças e jovens para a cidade de Manaus, buscando apreender circunstâncias e condições sócio-educacionais, sócio-políticas e socioculturais que engendraram esse fluxo e a permanência desses indivíduos na cidade. Identificar documentos e registros históricos sobre a vinda de jovens baniwa para Manaus. Verificar as diferentes circunstâncias e condições que engendraram a mobilidade de jovens baniwa em direção à cidade e sua educação escolar. Conhecer como as instituições da sociedade civil e do Estado trataram e documentaram a mobilidade de jovens baniwa entre a aldeia e a cidade. CNPQ 2016-09-23T14:24:02Z 2016-09-23T14:24:02Z 2009-07-30 Relatório de Pesquisa http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1649 pt_BR Acesso Aberto PDF Universidade Federal do Amazonas Brasil Administração e Planejamento Faculdade de Educação Programa PIBIC 2008 UFAM
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